A Linha do Coutinho / Oliveira, Uma Narrativa — Capítulo Três

Este é o Capítulo 3 de 3, sendo o último capítulo que acompanha esta linhagem familiar. (De relembrar que, no total, existem 6 capítulos: o primeiro conjunto de 3 capítulos está escrito em inglês; o segundo conjunto de 3 capítulos está traduzido para português.

Cartaz de viagem de Jatos da Varig Airlines para a Bahia, por volta de 1960.
(Imagem cortesia da Librairie Elbé, Paris).

Um Lugar Completamente à Parte

As famílias Coutinho e Oliveira são famílias tradicionais católicas romanas brasileiras, descendentes de imigrantes portugueses. No entanto, o estado da Bahia, no nordeste do Brasil, para onde imigraram, é um local único, bastante distinto do resto do país. Há razões históricas para isso… (1)

O Catolicismo é a Religião Fundamental do Brasil

Segundo a tradição, a primeira missa católica celebrada no Brasil ocorreu a 26 de abril de 1500. Foi celebrada por um padre que chegou ao país juntamente com os piratas e exploradores portugueses para reivindicar a posse das terras recém-descobertas. A primeira diocese do Brasil foi erigida mais de 50 anos depois, em 1551.

A forte herança católica do Brasil remonta ao zelo missionário ibérico, cujo objetivo no século XV era difundir o cristianismo. As missões da Igreja começaram a dificultar a política governamental de exploração dos povos indígenas. Assim, em 1782, os jesuítas foram suprimidos e o governo intensificou o controlo sobre a Igreja. Atualmente, a Igreja Católica é a maior denominação religiosa do país, com 119 milhões de pessoas, ou 56,75% da população brasileira, a declarar-se católica em 2022. Estes números fazem do Brasil o país com a maior comunidade católica do mundo. Existe um vasto panteão de santos na tradição católica. (Wikipedia e Google)

Em cima, à esquerda: Exterior da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Salvador. Canto superior direito: Fitas atadas à vedação que circunda a igreja. Leem ‘Lembrança do Senhor do Bonfim da Bahia’ e estão ligados à crença de verem os seus desejos atendidos. Em baixo: Vista interior da Igreja e Convento de São Francisco / Igreja e Convento de São Francisco.

Comentário: Há mais católicos romanos no Brasil do que em Itália, simplesmente porque a população do Brasil é muito maior do que a da Itália. Seria muito apropriado dizer que o catolicismo é uma religião institucionalizada na Bahia. Especificamente, as fontes citam que existem mais de 365 catedrais e igrejas históricas só em Salvador, na Bahia. (Uma para cada dia do ano — o que nos leva a pensar: e o dia 29 de fevereiro? Em vez de ir à igreja, todos ganham um dia de folga para ir à praia?) (2)

A Escravatura só Terminou Oficialmente em 1888

Durante o período do tráfico atlântico de escravos, o Brasil importou mais africanos escravizados do que qualquer outro país do mundo. Dos 12 milhões de africanos trazidos à força para o Novo Mundo, aproximadamente 5,5 milhões foram levados para o Brasil entre 1540 e a década de 1860. A escravização em massa de africanos desempenhou um papel fundamental na economia do país e foi responsável pela geração de vastas riquezas. Nos primeiros 250 anos após a colonização do território, cerca de 70% de todos os imigrantes que chegaram à colónia eram pessoas escravizadas.

A escravatura não foi legalmente abolida em todo o país até 1888, quando Isabel, Princesa Imperial do Brasil, promulgou a Lei Áurea. A Lei Áurea foi precedida pela Lei Rio Branco, de 28 de setembro de 1871 (Lei do Nascimento Livre), que libertou todas as crianças nascidas de pais escravizados, e pela Lei Saraiva-Cotegipe, de 28 de setembro de 1885, que libertou os escravos quando estes completassem 60 anos. O Brasil foi o último país do mundo ocidental a abolir a escravatura.” (Wikipedia, ver notas de rodapé).

À esquerda: Isabel, Princesa Imperial do Brasil, fotografada por Joaquim Insley Pacheco, cerca de 1870. À direita: Manuscrito da Lei Áurea do Arquivo Nacional do Brasil.

Candomblé e Sincretismo

Quando vivíamos na Bahia, por vezes assistíamos a partes de cerimónias de Candomblé realizadas num local chamado terreiro. Estes espaços sagrados são centrais para o Candomblé, servindo como local de culto comunitário, rituais e ligações com os espíritos ancestrais. Ambos achávamos notável que muitos Pai-de-santos ou Mãe-de-santos diferentes pudessem olhar para ti e dizer-te exatamente qual o Orixá que te estava a proteger. (E entre eles, em diferentes épocas e lugares, eram sempre os mesmos).

“O Candomblé desenvolveu-se entre as comunidades afro-brasileiras no meio do tráfico atlântico de escravos, entre os séculos XVI e XIX. Surgiu da fusão das religiões tradicionais africanas dos povos iorubá, bantu e fon, trazidas para a América do Sul, com o catolicismo romano, especialmente os santos católicos. Consolidou-se principalmente na região da Bahia durante o século XIX.” (Wikipédia e Altar Gods)

Uma das tradições religiosas centrais do Candomblé é a veneração dos Orixás, energias divinas associadas a diferentes elementos da natureza. Acredita-se que os indivíduos se identificam com um dos Orixás como o seu espírito tutelar. (Altar Gods)

Quando muitos escravizados chegaram à Baía durante a diáspora, encontraram os colonialistas portugueses católicos romanos que controlavam a região. De forma muito astuta, mantiveram as suas afiliações religiosas, ocultando secretamente os seus próprios santos, que estavam associados a santos católicos, como forma de preservar as crenças africanas apesar da conversão religiosa forçada. Isso chama-se sincretismo. Exemplo disso é o Orixá Ogun, que representa São Jorge, São Sebastião ou Santo António, dependendo da região. O Candomblé pode ser considerado uma religião não-institucionalizada na Bahia.

Imagem superior: Obra de arte contemporânea representando três Orixás. Inferior esquerda: Grupo de praticantes de Candomblé fotografados em 1902. (Ambas as imagens são cortesia de Altar Gods). Em baixo, à direita: Fotografia de família da festa de Iemanjá realizada todos os anos em fevereiro em Salvador, Bahia.

Em síntese, “o Candomblé é uma religião exclusivamente afro-brasileira, possibilitada pela mistura de tradições africanas, europeias e indígenas no Novo Mundo. O Candomblé é mais forte na Bahia, Brasil, um importante porto para a chegada de africanos. A sua principal cidade, Salvador, foi a primeira capital do Brasil. O primeiro terreiro de Candomblé foi construído em Salvador no século XIX, após a abolição da escravatura.” (Wikipédia) (4)

A Família Oliveira de Ubaitaba por volta de 1949-50. Da esquerda para a direita: Raynelde Dantas Motta, Laura (Oliveira) Motta, Lourdes Oliveira, João Celestino de Oliveira, Maria (Almeida) de Oliveira, Lindaura de Almeida Oliveira e José Oliveira. (Foto de família).

A Família Oliveira de Ubaitaba

Ubaitaba é uma pequena cidade ribeirinha localizada num trecho remanescente da Mata Atlântica antiga, no estado da Bahia, entre as cidades de Salvador e Ilhéus. Esta região “era anteriormente habitada por povos indígenas [Tupi] até à chegada dos colonizadores portugueses. Após o contacto com os portugueses e o estabelecimento das Capitanias do Brasil pelo Rei Manuel I de Portugal a partir de 1504, o território do município passou a fazer parte das terras da Capitania de São Jorge dos Ilhéus. A vila de São Jorge dos Ilhéus foi fundada em 1536 como Vila de São Jorge dos Ilhéos. O nome moderno de Ubaitaba tem origem na língua Tupi.

Ao longo do século XVIII, desenvolveu-se a Capitania de São Jorge dos Ilhéus e estabeleceram-se quintas ao longo da costa da vasta região. A origem da vila está relacionada com a criação das fazendas do Arraial de Tabocas e do Arraial de Faisqueira (em 1783), área então utilizada para a extração de madeira, cultivo de cana-de-açúcar, cereais e cacau.

This is a excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911, and organized by the company Hartmann-Reichenbach. The red lines are railways. (Map image courtesy of Mapas Históricos da Bahia).

A 28 de janeiro de 1914, uma cheia destruiu o Arraial de Tabocas, dispersando a sua população. Coordenados pelo médico Francisco Xavier de Oliveira, residente na aldeia, as vítimas reconstruíram a aldeia, erguendo-a acima das águas. O nome escolhido foi Itapira. [Este nome foi alterado para] Ubaitaba, concedido em 1933, uma combinação das palavras indígenas “ubá, que significa canoa pequena, ‘y’, que significa rio, e ‘taba’ que significa vila/cidade.

Ao analisar as poucas fotografias históricas disponíveis da cidade, percebe-se que o traçado é constituído por duas ruas paralelas que acompanham a margem do rio. Entre as duas ruas, encontra-se um amplo meridiano arborizado, com a Igreja Católica numa das extremidades da cidade. As lojas e comércios têm um ou dois andares e estão virados para a rua. Fornecemos esta descrição porque a família Oliveira possuía um armazém em Ubaitaba, do tipo então conhecido por mercearia.

À esquerda: Uma das duas ruas principais da cidade de Ubaitaba, na Bahia, no século XIX. À direita: a igreja que marcava o fim das ruas. O mercado geral, “mercearia”, gerido pela família Oliveira, situava-se provavelmente em algum lugar ao longo desta rua e poderia ter sido semelhante ao apresentado na fotografia inferior. (Para créditos das fotografias, ver notas de rodapé).

Antes do aparecimento das grandes cadeias de retalho, as mercerias gerais serviam como lojas de bairro essenciais, onde as pessoas podiam comprar uma variedade de produtos do dia-a-dia, funcionando como um ponto central nas comunidades locais. Vendiam uma grande variedade de produtos básicos e importados, incluindo artigos essenciais como arroz, feijão e açúcar, bem como produtos indispensáveis ​​como sabão e fósforos, e uma seleção de alimentos e bebidas importadas. Também ofereciam produtos locais, como café, queijo e fruta.

Algumas mercearias raras ainda existem até hoje, mas este nome evocativo em particular deu lugar ao nome bastante genérico e universal de mini-mercado. (Pense em bilhetes de lotaria, cigarros, um pacote de leite e talvez alguns snacks, ou donuts). Nesta era moderna do Walmart em que vivemos, existem poucos lugares nas comunidades locais onde se pode entrar numa pequena loja familiar e todos saberem o seu nome.

À família de Oliveira…
Podemos começar por Manoel Celestino de Oliveira, nascido (provavelmente) no Brasil. Casou com Rita Celestino de Oliveira. Tiveram um filho, cujo nome é —

João Celestino de Oliveira, nascido a 6 de novembro de 1890 — em Maceió, Alagoas (estado) faleceu a 25 de novembro de 1968, em Ubaitaba. Casou duas vezes: primeiro com Eufrosina Souza Oliveira, até à sua morte antes de 1925. Tiveram um filho.

Em segundo lugar, casou com Maria de Almeida em 1925. Nasceu a 20 de março de 1900 em Maracás — faleceu a 5 de outubro de 1968, em Ubaitaba. Tiveram mais quatro filhos. Os pais de Maria de Almeida eram: Cândido Olegário de Almeida e Balbina Olegário.

Juntos, João Celestino de Oliveira e Maria de Almeida criaram 5 filhos. Todos os nascimentos e óbitos ocorreram na Bahia, Brasil, salvo indicação em contrário:

  • Agostinho Celestino de Oliveira, nascido a 13 de Agosto de 1919 — falecido a 12 de Abril de 1983. (A sua mãe biológica foi a primeira mulher Eufrosina Souza Oliveira). Casou com Ana Eusátquio de Souza a 24 de abril de 1944.
  • Lindaura de Almeida (Oliveira) Coutinho, nascida a 24 de outubro de 1927 em Ubaitaba — falecida a 19 de junho de 2020 em Salvador. (Lindaura leva a linhagem familiar mais longe. Veja o seu cônjuge e filhos abaixo).
  • Laura de Almeida (Oliveira) Motta, nascida a 27 de março de 1929. Casou com Raynelde Dantas Motta, a 30 de março de 1949.
  • José Celestino de Oliveira, nascido a 20 de dezembro de 1937 — falecido em 1992. Casou com Nidia Maria Amado de Oliveira em maio de 1968.
    Era prima do querido romancista brasileiro Jorge Amado (ver notas de rodapé).
  • Maria Lourdes de Almeida (Oliveira) Cunha, nascida a 11 de Novembro de 1938. Casou com Humberto Olegário da Cunha a 28 de Dezembro de 1965. (5)
Paulo de Azevêdo Coutinho, cerca de 1966, e
Lindaura Almeida (Oliveira) Coutinho, cerca de 1950.
(Fotos de família).

“Nem imaginas o quanto senti a tua falta…”

Antes de se casarem, Paulo e Lindaura trocaram cartas durante cerca de dois anos, até ficarem noivos em setembro de 1950. (Nessa altura, as cartas eram a única forma de comunicação. Os telefones residenciais ainda eram uma novidade e bastante caros no Brasil daquela época). Nenhuma destas cartas de namoro sobreviveu, mas algumas outras foram preservadas. Ao analisá-las, notamos a ternura com que ainda escrevia à sua mulher, Lindaura, mesmo muitos anos após o casamento. Numa carta de 1968 (que incluímos nas notas de rodapé), lemos estas palavras —

11 de abril de 1968

Minha querida Lindaura,

Saúde, juntamente aos nossos queridos filhos.

Estou arranjando as coisas para que possa vir no início de maio. Rivaldo conseguiu uma casa na Piranga, mas tem que fazer grandes reformas. Não pagarei aluguel, nem concerto.

Acho que na Piranga, os nossos filhinhos não extranharão muito o clima de Piranga. Breve lhe escreverei, carta mais minuciosa. Não calcula você, o quanto de saudade tenho sentido. Muitos beijos para os nossos filhos. Saudoso abraço do seu Paulo.

PS: A gratificação vai ser compensadora. NBR$ 500,00. Se a camioneta da “Ritom” não chegar até o dia 17 deste, mandarei os vestidos de Maria Celeste de avião.

Fotografia do seu casamento em março de 1952. (Family photograph).

Paulo de Azevêdo Coutinho, nascido a 29 de junho de 1919 em Lençóis — falecido a 28 de novembro de 1990 em Salvador. Casou com Lindaura Almeida de Oliveira a 19 de março de 1952 em Ubaitaba. Nasceu a 24 de outubro de 1927 em Ubaitaba — faleceu a 19 de junho de 2020 em Salvador.

O casal teve cinco filhos, como se descreve abaixo. Todos os nascimentos e óbitos ocorreram na Bahia, Brasil, salvo indicação em contrário:

  • Maria Celeste Oliveira Coutinho, nascida a 14 de julho de 1953 em Salvador. Casou com Bernardino Dantas de Santana, em 28 de Julho de 1989, (termina) data desconhecida.
  • Maria Angela Oliveira (Coutinho) Martins Bass, nascida a 11 de Abril de 1955 em Salvador. Casou duas vezes, a primeira vez com Antonio Martins Jr., 1985 — (termina) antes de 2002. Casou a segunda vez com Robert Bass, 2002 — 2010, (a sua morte). Morreu no condado de Sarasota, Flórida, Estados Unidos.
  • Maria Cristina Oliveira (Coutinho) Pinheiro, nascida a 27 de maio de 1961 em Ilhéus. Casou com Antonio Carlos Marques Pinheiro, em 1983. Tiveram dois filhos.
  • Paulo Emilio Oliveira Coutinho, nascido a 17 de setembro de 1963 em Ilhéus. Casou uma vez, primeiro com Marizela Cardoso Sales, 1991 — (termina) antes de 2009. Tiveram dois filhos. Em segundo lugar, juntou-se a Sonia Alves Silva Chagas, em 2023. Têm um filho.
  • Leandro José Oliveira Coutinho, nascido a 30 de setembro de 1965 em Ilhéus. Casou com Thomas Harley Bond em 26 de Junho de 2008.

Antes de conhecer Lindaura Almeida Oliveira, Paulo de Azevêdo Coutinho manteve uma relação anterior com uma mulher de nome Zulmira Silva. Embora nunca tenham se casado, e ela tenha falecido em 1952, desta união nasceram dois filhos, meios-irmãos da família (em cima). Paulo foi então pai de sete filhos.

À esquerda: Paulo, Lindaura, e Sonia Coutinho, cerca de 1950. À direita: Newton numa fotografia escolar, cerca de 1954. (Fotografias de família).
  • Sonia Maria De Azevêdo (Coutinho) Costa, nascida a 5 de novembro de 1942, em Salvador. Casou com Jorge Augusto de Oliveira Costa em 1969. Tiveram dois filhos.
  • Newton de Azevêdo Coutinho, nascido a 25 de setembro de 1944 — falecido a 27 de maio de 2000, ambos em Salvador. Casou com Titê _____ em 1971. Tiveram uma filha. (6)
Edição de 21 de julho de 1967 do jornal Diário de Itabuna:
“Com a presença do presidente da Câmara José de Almeida Alcântara, vereadores, autoridades e imprensa, o coronel Paulo Coutinho tomou posse como chefe da polícia de Itabuna ontem às 15h00. Durante o seu discurso (foto), o presidente da Câmara Alcântara (na foto) enfatizou a necessidade de ‘um combate mais eficaz ao infame jogo do bicho [um jogo ilegal de números, ver notas de rodapé], que é abertamente desenfreado na cidade”. (Fotografia de família).

Coronel Paulo Coutinho

A fotografia acima, tirada num jornal, mostra o Coronel Paulo Coutinho como o recém-empossado Chefe de Polícia de Itabuna, em Julho de 1967. O homem animado, gesticulando com o braço, é José de Almeida Alcântara, o presidente da Câmara local, que parece bastante incomodado com as actividades de um jogo ilegal de números chamado Jogo de Bicho. Este era um jogo extremamente popular e, ao mesmo tempo, extremamente ilegal. Explorava pessoas que simplesmente não tinham condições para jogar. Segundo a Wikipédia: “Diz-se que o jogo se popularizou porque aceitava apostas de qualquer valor, numa época em que a maioria dos brasileiros lutava para sobreviver a uma profunda crise económica. ‘Se vir duas cabanas perdidas algures no interior’, observou certa vez um diplomata brasileiro, ‘pode apostar que um bicheiro [alguém ligado ao jogo] vive numa delas e um apostador assíduo na outra’”.

Era dever do Coronel Coutinho reprimir a operação ilegal. Esta era uma oportunidade para alguém na sua posição aceitar subornos e dinheiro por baixo dos panos para fazer vista grossa, mas nunca o fez. Até hoje, a sua família afirma categoricamente que ele era aquilo que se poderia descrever como um homem íntegro, que acreditava que viver uma vida honesta era melhor do que ascender através da corrupção. (E isto durante a era de uma ditadura militar repressiva, da qual a sua família também afirma que ele se manteve afastado).

A designação Polícia Militar só foi padronizada em 1946, durante o governo de Getúlio Vargas, com a nova Constituição de 1946, após o período Vargas do Estado Novo (1937-1945), que tinha como objetivo limitar a capacidade militar das Forças Armadas para que estas se concentrassem exclusivamente nas suas funções policiais. Historicamente, no Brasil, Após a Segunda Guerra Mundial, a Polícia Militar tornou-se uma força policial mais tradicional, semelhante à gendarmaria, subordinada aos estados’. Os gendarmes raramente são mobilizados em situações militares, exceto em missões humanitárias no estrangeiro. Num país como os Estados Unidos, as forças armadas e a polícia actuam de forma separada em termos de interacção com a comunidade.” Portanto, para quem não é brasileiro, este termo pode ser enganador.

“De acordo com o artigo 144.º da Constituição Federal, a função da Polícia Militar é servir como uma força policial visível e preservar a ordem pública. [Ela] está organizada como uma força militar e tem uma estrutura hierárquica militar. O comandante da Polícia Militar de um estado é geralmente um Coronel. O comando está dividido em regiões policiais, que mobilizam batalhões e companhias policiais.” (Wikipédia)

O Coronel Coutinho trabalhou em várias comunidades diferentes durante a sua carreira: Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, e Salvador. Algumas destas missões separaram-no, por vezes, da sua família em crescimento por períodos de tempo. (7)

A casa dos Coutinho quando viviam em Ilhéus, na Bahia, situada na Rua Almiro Vinhas, 13.

Vivendo em Ilhéus e depois em Piranga

A família Coutinho era uma família de classe média numa época no Brasil em que existiam muito poucas famílias deste perfil. De facto, das décadas de 1950 a 1980, a classe média era muito pequena. Depois, as coisas começaram a mudar com o avanço da democracia e a prosperidade económica. A classe média representava 15% da população brasileira no início da década de 1980 e abrange agora quase um terço dos 190 milhões de habitantes do país. Este crescimento deve-se ao bom desempenho económico do Brasil nos últimos anos, às políticas de redução da pobreza, às novas oportunidades de emprego e a uma força de trabalho mais qualificada. (World Bank Group)

A família Coutinho, cerca de 1967. Primeira fila, da esquerda para a direita: Paulo e Cristina. Segunda fila, da esquerda para a direita: Ângela, Celeste, Lindaura, Paulo pai, e Leandro.
(Fotografia de família).

Por volta de 1969, a família mudou-se para a região norte da Bahia durante um ano, vivendo em Piranga, na fronteira norte do estado. Como escreveu Paulo numa carta a Lindaura em Abril de 1968: “O bónus valerá a pena. R$ 500,00”. Isto indica-nos que a mudança para o norte se deveu provavelmente a uma promoção na carreira de Paulo, que passou a coronel da Polícia Militar.

Trata-se de um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911. Piranga é um pequeno município situado nas margens do rio São Francisco, no alto estado da Bahia. (Imagem do mapa cortesia de Mapas Históricos da Bahia).

A comunidade de Piranga é um pequeno município e um subúrbio de Juazeiro, que “está geminada com Petrolina, no estado [adjacente] de Pernambuco. As duas cidades estão ligadas por uma ponte moderna que atravessa o rio São Francisco. Juntas, formam a região metropolitana de Petrolina-Juazeiro, um conglomerado urbano de cerca de 500.000 habitantes”. (Wikipédia) A família regressou a Ilhéus antes de se mudar finalmente para Salvador em 1970. (8)

Pensando em Helena e Maria

Observação: Quando vivi pela primeira vez em Salvador, na Bahia, fiquei surpreendido com a enorme quantidade de pessoas que tinham outras disponíveis para trabalhar como empregadas domésticas. Como criança americana de classe média, isto não era algo remotamente acessível para nós. Tínhamos sempre muitas tarefas para fazer, para além de todas as outras responsabilidades que tínhamos enquanto adolescentes. — Thomas

“O fim da escravatura em 1888 não foi acompanhado de qualquer plano para integrar os ex-escravos negros numa sociedade capitalista baseada no trabalho remunerado. Embora fossem oferecidos empregos remunerados aos europeus que emigraram para o Brasil depois disso, para muitas mulheres negras pobres e sem instrução, a única possibilidade era continuar a trabalhar como empregadas domésticas”. Como recorda o escritor Mike Gatehouse: ‘As mulheres… viviam num pequeno quarto na zona de serviço do nosso apartamento. Isto era comum para todas as minhas amigas, como tinha sido para os nossos pais. Durante esses anos, as tarefas domésticas nunca fizeram parte da minha rotina ou algo com que tivesse de me preocupar. A casa funcionava como um hotel, onde os quartos eram limpos, as roupas lavadas e as refeições apareciam como que por magia.’” (LAB — Latin American Bureau, ver notas de rodapé.)

Cerca de 1970, Paulo foi novamente promovido. Este levou a família à cidade costeira de Salvador, no bairro de Canela.

Em Ilhéus, Piranga e Salvador, Helena desempenhou o importante papel de auxiliar doméstica. Viveu com a família Coutinho até aos 21 anos e ajudou a cuidar das crianças. Além disso, uma outra mulher chamada Maria assumia a função de empregada doméstica, mas não vivia na casa.

À esquerda: A casa dos Coutinho quando viviam em Salvador, Bahia, situada no Edifício Júpiter,
Avenida Sete de Setembro, 2155, no bairro da Vitória. À direita: Helena, com Leandro.
(Fotos de família).

Em 1975, mudaram-se pela última vez para uma nova casa num moderno arranha-céus chamado Edifício Júpiter, localizado no famoso Corredor da Vitória. (No Brasil, é muito comum identificar os edifícios pelo nome, em vez da morada). Este edifício e o bairro vizinho de Vitória proporcionavam à família um fácil acesso a comodidades, boas escolas para os filhos e, muito importante, segurança, durante um período de grande tensão no Brasil. Lindaura, a mãe da família, viveu no Edifício Júpiter durante 45 anos.

Mapa da cidade de Salvador, Brasil. A área circulada a verde engloba os bairros da Canela e da Vitória, onde residia a família Coutinho.
(Imagem cedida por Geographicus Rare Antique Maps).

“Com menos de um quilómetro de extensão, o Corredor da Vitória alberga o Museu de Arte da Bahia, o Museu Carlos Costa Pinto e o Museu Geológico da Bahia. Vitória é uma das áreas urbanas mais valorizadas do Nordeste do Brasil.” (Wikipédia)

Leandro recorda-se das muitas mangueiras e das grandes casas antigas que ainda ladeavam a rua. Por vezes, com o falecimento das famílias mais antigas, as suas casas e jardins eram abandonados e deterioravam-se. (A maioria destas casas acabou por ser demolida para dar lugar a modernos prédios de apartamentos). Até hoje, conta histórias de como a sua paixão pelas mangas o levava a invadir estes antigos jardins, a subir às árvores e a sair furtivamente com um cacho de mangas frescas. (9)

A Culpa é da Bossa Nova

Quando eu e o Leandro nos conhecemos, foi um verdadeiro encontro entre a América do Norte e a América do Sul, porque o inglês dele não era muito bom e o meu português era inexistente. (Tinha vivido na Alemanha na década anterior e, antes disso, na França, pelo que o seu francês e alemão eram bastante bons). Como norte-americano, eu era (e ainda sou, em certa medida) um grande contraste com a sua capacidade linguística. Sempre me impressionou a facilidade com que transita fluentemente para outras línguas em jantares.

Inicialmente, nessa altura, pensei no que sabia sobre o Brasil, e a resposta era: não muito. Quando eu era rapaz, o Brasil mergulhou num regime militar repressivo e simplesmente não havia notícias sobre isso nos jornais locais. Quando a democracia regressou ao Brasil entre 1985 e 1988, ninguém que eu conhecesse prestou muita atenção, embora estivéssemos conscientes desta mudança.

Como a maioria dos americanos, se sabia alguma coisa sobre o Brasil, era basicamente Carmen Miranda e alguns êxitos de bossa nova nas rádios. A Sra. Miranda era famosa por usar um chapéu de banana nos filmes, sempre linda (e parecendo divertir-se imenso a fazê-lo). A música Bossa Nova foi depois traduzida para inglês para agradar ao público americano (e, claro, para vender mais discos).

A maioria de nós conhecia o êxito “Garota de Ipanema”, que ouvíamos nos rádios AM a pilhas. Influenciada pela música, a banda Sergio Mendes & Brazil ’66 era extremamente popular em meados da década de 1960 (na altura em que Leandro nasceu). Aliás, eram tão famosos que ainda me lembro perfeitamente de estar num campo enlameado em Newbury Township, Ohio, depois de uma tempestade, quando tinha uns 10 anos. Assisti à banda marcial da Newbury High School a tocar uma versão muito boa da música Mas Que Nada (que, ironicamente, era cantada em português). Diria que era de dar vontade de bater o pé ao ritmo, mas as minhas botas estavam atoladas na lama.

Mas Que Nada interpretada por Sergio Mendes e Brasil ’66.

Para Leandro e a sua família, os Coutinhos e os Oliveiras — passados ​​muitos e muitos anos, a vida completou um ciclo, pois regressámos à terra ancestral dos seus antepassados. Vemos o mundo através das nossas lentes modernas, pensando sempre naqueles que aqui viveram antes de nós. Para esta família, invertemos o rumo da sua imigração passada, pois agora vivemos em Lisboa, Portugal. (10)

— Thomas

A seguir são apresentadas as notas de rodapé para os Materiais de Fonte Primária, Notas e Observações

Um Lugar Completamente à Parte

(1) — um registos

Librairie Elbé Paris
Jets to Brazil, Varig Airlines cartaz de viagem
por artista desconhecido, cerca de 1960
https://www.elbe.paris/en/vintage-travel-posters/1618-vintage-poster-1960-jets-brazil-varig-airlines.html
Nota: Para a arte do cartaz vintage.

O Catolicismo é a Religião Fundamental do Brasil

(2) — quatro registos

Catholic Church in Brazil
(Igreja Católica no Brasil)
https://en.wikipedia.org/wiki/Catholic_Church_in_Brazil
Nota: Para o texto.

Alguns santos do panteão Católico romano.

Estátuas de Santos em Ouro Preto, Minas Gerais
por Fotógrafo desconhecido
https://en.wikipedia.org/wiki/Catholic_Church_in_Brazil#/media/File:-i—i-_(6288973445).jpg
Nota: Para a fotografia acima

Afar
The São Francisco Church e Convent
Igreja e Convento de São Francisco

https://www.afar.com/places/igreja-e-convento-de-sao-francisco-salvador
Nota: Para a fotografia.

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Salvador
https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_Nosso_Senhor_do_Bonfim,_Salvador
Nota: Para o texto explicativo “Lembrança do Senhor do Bonfim da Bahia”

A Escravatura só Terminou Oficialmente em 1888

(3) — quatro registos

Escravatura no Brasil
https://en.wikipedia.org/wiki/Slavery_in_Brazil
Nota: Para o texto.

Isabel, Princesa Imperial do Brasil
https://en.wikipedia.org/wiki/Isabel,_Princess_Imperial_of_Brazil
Nota: Para referência.

Isabel, Princesa Imperial do Brasil
fotografado por Joaquim Insley Pacheco, cerca de 1870
https://en.wikipedia.org/wiki/Isabel,_Princess_Imperial_of_Brazil#/media/File:Isabel,_Princesa_do_Brasil,_1846-1921_(cropped).jpg
Nota: Para o retrato dela.

Lei Áurea
https://en.wikipedia.org/wiki/Lei_Áurea
Nota: Para a imagem do documento.

Candomblé e Sincretismo

(4) — três registos

Ilustração Carybé do Orixa Yemanjá.
(Imagem cortesia do Pinterest).

Candomblé
https://en.wikipedia.org/wiki/Candomblé
Nota: Para o texto e a fotografia histórica de 1902.

Altar Gods
Candomble: Afro-Brazilian Faith and the Orixas
(Candomblé: A Fé Afro-Brasileira e os Orixás)
https://altargods.com/candomble/candomble/
Nota: Referente ao texto e às obras de arte.

A Família Oliveira de Ubaitaba

(5) — cinco registos

> A fotografia de família nesta secção faz parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Ubaitaba
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ubaitaba
Nota: Para o texto.

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Nota: Trata-se de um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911 e organizado pela empresa Hartmann-Reichenbach. As linhas vermelhas representam caminhos-de-ferro.

Ubaitaba.com
História Regional e História
http://ubaitaba.com/historia-regional/
Nota: As fotografias superiores são da secção do website com a etiqueta História Regional e História.

Restos de Colecção
Mercearias e Mini-Mercados
https://restosdecoleccao.blogspot.com/2013/05/mercearias-e-mini-mercados.html
Nota: Para a fotografia inferior intitulada Antigas Mercearias.

“Nem imaginas o quanto senti a tua falta…”

(6) — nove registos

> As fotografias de família desta secção fazem parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Carta de Paulo para a sua esposa Lindaura, datada de 11 de abril de 1968, pouco antes da sua mudança para Piranga, na Bahia.

Jorge Amado, (10 de agosto de 1912 — 6 de agosto de 2001) “…foi um escritor brasileiro da escola modernista. Continua a ser o mais conhecido dos escritores brasileiros modernos, com a sua obra traduzida em cerca de 49 línguas e popularizada no cinema, entre as quais Dona Flor e Seus Dois Maridos, em 1976, e tendo sido nomeado para o Prémio Nobel da Literatura pelo menos sete vezes.

Retrato do romancista Jorge Amado.

A sua obra reflete a imagem de um Brasil mestiço* e é marcada pelo sincretismo religioso. Retratou um país alegre e otimista que, ao mesmo tempo, era assolado por profundas diferenças sociais e económicas.” (Wikipédia) *Mestiço é um termo português que se refere a pessoas de raça mista, ou seja, pessoas de ascendência europeia e indígena não europeia.

Jorge Amado
https://en.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado
Nota: Para o texto.

Fundação Casa de Jorge Amado
https://www.jorgeamado.org.br/
Nota: Para o seu retrato.

Editoras Brasileiras
3 Livros para Conhecer a Obra de Jorge Amado,
Mestre do Realismo Social e da Imaginação Baiana
https://brazilianpublishers.com.br/en/noticias-en/3-books-to-get-to-know-the-work-of-jorge-amado-master-of-social-realism-and-bahian-imagination/
Nota: Para o texto.

O site da Editoras Brasileiras recomenda estes “três livros essenciais [que devem ser lidos] para descobrir a força e a diversidade da sua literatura”. (O texto descritivo abaixo é do site deles).

  • Capitães da Areia
    No livro, acompanhamos Pedro Bala, Professor, Gato, Sem Pernas e Boa Vida, jovens marginalizados que crescem nas ruas de Salvador. Vivendo juntos no Trapiche, formam uma comunidade unida. A chegada de Dora e do seu irmão Zé Fuinha, trazidos por Professor, causa alvoroço entre os rapazes, que não estão habituados à presença feminina. Aos poucos, desenvolve-se um laço afetivo entre o líder do grupo e a menina.

    Capitães da Areia
    (Captains of the Sands)
    https://en.wikipedia.org/wiki/Captains_of_the_Sands
    Nota: Para referência.
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos
    A história começa durante o carnaval de 1943 na Bahia, quando Vadinho, um mulherengo e jogador inveterado, morre subitamente. Dona Flor, sua mulher, fica inconsolável. Algum tempo depois, casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é o oposto do seu primeiro marido. Juntos, levam uma vida estável e tranquila, mas monótona, até ao dia em que o fantasma de Vadinho aparece na cama de Dona Flor.

Dona Flor e Seus Dois Maridos (romance)
(Dona Flor and Her Two Husbands) (novel)
https://en.wikipedia.org/wiki/Dona_Flor_and_Her_Two_Husbands_(novel)Nota: Para referência.

  • Gabriela, Cravo e Canela
    O livro narra o romance entre Nacib e Gabriela, passado em Ilhéus na década de 1920, durante o auge do desenvolvimento da cidade impulsionado pelo cacau. A sensualidade de Gabriela conquista Nacib e muitos outros homens, desafiando a lei contra o adultério feminino. Publicado em 1958, o livro foi um sucesso mundial e tornou-se uma aclamada telenovela brasileira.

Gabriela, Cravo e Canela
(Gabriela, Clove and Cinnamon)
https://en.wikipedia.org/wiki/Gabriela,_Clove_and_Cinnamon
Nota: Para referência.

Mestiço
https://en.wikipedia.org/wiki/Mestiço
Nota: Para os dados.

Coronel Paulo Coutinho

(7) — quatro registos

> A fotografia de família nesta secção faz parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Jogo do bicho
https://en.wikipedia.org/wiki/Jogo_do_bicho
Nota: Para referência.

Polícia Militar (Brasil)
Military Police [Brazil]
https://en.wikipedia.org/wiki/Military_Police_(Brazil)#:~:text=The Military Police was founded,on being exclusively police forces.
Nota: Para o texto.

Gendarmerie
https://en.wikipedia.org/wiki/Gendarmerie
Nota: Para referência.

Vivendo em Ilhéus e depois em Piranga

(8) — três registos

> As fotografias de família desta secção fazem parte da coleção pessoal de fotografias de família.

World Bank Group
No Brasil, uma classe média emergente arranca
(In Brazil, an emergent middle class takes off)
https://www.worldbank.org/en/news/feature/2012/11/13/middle-class-in-Brazil-Latin-America-report
Nota: Para o texto.

Cenas de Salvador da Bahia de Carybé

Exposição “Carybé e o Povo da Bahia”
celebra a identidade cultural no Museu de Arte da Bahia

https://jornalgrandebahia.com.br/2024/12/exposicao-carybe-e-o-povo-da-bahia-celebra-a-identidade-cultural-no-museu-de-arte-da-bahia/
Nota: Para as ilustrações de Carybé acima.

Juazeiro
https://en.wikipedia.org/wiki/Juazeiro
Nota: Para o texto.

Pensando em Helena e Maria

(9) — quatro registos

> A fotografia de família nesta secção faz parte da coleção pessoal de fotografias de família.

LAB – Latin American Bureau
Empregadas domésticas brasileiras: um ensaio fotográfico
(Brazilian Maids: A Photo Essay)
por Mike Gatehouse
https://lab.org.uk/brazilian-maids-a-photo-essay/
Nota: Para o texto.

Vitória (Salvador)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitória_(Salvador)
Nota: Para o texto.

Geographicus Rare Antique Maps
1931 Papelaria Brazileira City Plan of Salvador, Brazil
https://www.geographicus.com/P/AntiqueMap/salvadorbahia-papelariabrazileira-1931
Nota: Para a imagem do mapa.

A Culpa é da Bossa Nova

(10) — dois records

Sérgio Mendes
https://en.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Mendes
Nota: Para referência.
and
Herb Alpert Apresenta Sergio Mendes & Brasil ’66
(Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brasil ’66)
https://en.wikipedia.org/wiki/Herb_Alpert_Presents_Sergio_Mendes_%26_Brasil_%2766
Nota: Referente à arte da capa do álbum.

The Coutinho / Oliveira Line, A Narrative — Three

This is Chapter 3 of 3, being the last chapter that follows this family line. (Again, as a reminder), in total there are 6 chapters: the first set of 3 chapters is written in English; second set of 3 chapters is translated into Portuguese.

Varig Airlines Jets to Bahia travel poster, circa 1960.
(Image courtesy of Librairie Elbé, Paris).

A Place Quite Apart

The Coutinho and Oliveira families are traditional Brazilian Roman Catholic families, descended from Portuguese immigrants. However, the northeastern state of Bahia, which they immigrated to, is a unique place quite apart from the rest of Brazil. There are historical reasons for this… (1)

Catholicism is the Foundational Religion of Brazil

“According to the tradition, the first Catholic mass celebrated in Brazil took place on April 26, 1500. It was celebrated by a priest who arrived in the country along with the Portuguese pirates and explorers to claim possession of the newfound land. The first diocese in Brazil was erected more than 50 years later, in 1551.

Brazil’s strong Catholic heritage can be traced to the Iberian missionary zeal, with the 15th-century goal of spreading Christianity. The Church missions began to hamper the government policy of exploiting the natives. [Thus] in 1782 the Jesuits were suppressed, and the government tightened its control over the Church. [In the present day,] the Catholic Church is the largest denomination in the country, where 119 million people, or 56.75% of the Brazilian population, were self-declared Catholics in 2022. These figures make Brazil the single country with the largest Catholic community in the world.” There is a large pantheon of saints in the catholic tradition. (Wikipedia and Google)

Top left: Exterior of the Church of Nosso Senhor do Bonfim, Salvador. Top right: Ribbons tied to the fence which surrounds the church. They read ‘Lembrança do Senhor do Bonfim da Bahia’ (Remembrance of the Lord of Bonfim of Bahia) and are linked to the belief of having your wishes granted. Bottom: Interior view of the Igreja e Convento de São Francisco / The São Francisco Church and Convent.

Comment: There are more Roman Catholics in Brazil than there are in Italy, simply because the population of Brazil is much greater than that of Italy. It would be very appropriate to say that Catholicism is an institutionalized religion in Bahia. Specifically, sources cite that there are more than 365 historic cathedrals and churches just in Salvador da Bahia alone. (One for each day of the year — So this makes us ponder, what about Leap Year Day? Instead of going to church, does everyone get a day off to go to the beach?) (2)

Slavery Did Not Officially End Until 1888

“During the Atlantic slave trade era, Brazil imported more enslaved Africans than any other country in the world. Out of the 12 million Africans who were forcibly brought to the New World, approximately 5.5 million were brought to Brazil between 1540 and the 1860s. The mass enslavement of Africans played a pivotal role in the country’s economy and was responsible for the production of vast amounts of wealth. In the first 250 years after the colonization of the land, roughly 70% of all immigrants to the colony were enslaved people.

Slavery was not legally ended nationwide until 1888, when Isabel, Princess Imperial of Brazil, promulgated the Lei Áurea (“Golden Act”). The Lei Áurea was preceded by the Rio Branco Law of September 28, 1871 (the Law of Free Birth), which freed all children born to slave parents, and by the Saraiva-Cotegipe Law (the Law of Sexagenarians), of September 28, 1885, that freed slaves when they reached the age of 60. Brazil was the last country in the Western world to abolish slavery.” (Wikipedia, see footnotes). (3)

At left: Isabel, Princess Imperial of Brazil, photographed by Joaquim Insley Pacheco, circa 1870.
At right: Manuscript of the Lei Áurea from the Brazilian National Archives.

Candomblé and Syncretism

When we lived in Bahia, we would sometimes view portions of Candomblé ceremonies that were held at a place called a terreiro, (a temple or house of worship). These sacred spaces are central to Candomblé, serving as the location for community worship, rituals, and connections with ancestral spirits. We both felt that it was rather remarkable that many different  Pai-de-santos (father of the saint) or Mãe-de-santos could look at you and tell you exactly which Orirá looked over you. (And among them in different times and places, they were always consistent).

“Candomblé developed among Afro-Brazilian communities amid the Atlantic slave trade of the 16th to 19th centuries. It arose through the blending of the traditional African religions from the Yoruba, Bantu, and Fon people brought to South America, along with Roman Catholicism, especially the Catholic saints. It primarily coalesced in the Bahia region during the 19th century.” (Wikipedia and Altar Gods)

One of the central religious traditions of Candomble is veneration of the Orixas, divine energies associated with different elements of nature. Individuals are believed to identify with one of the Orixas as their tutelary spirit. (Altar Gods)

When these many enslaved peoples arrived in Bahia during this diaspora, they encountered Roman Catholic Portuguese colonialists who then controlled the area. Very cleverly, they maintained their religious affiliations by covertly hiding their own saints who were linked to Catholic saints as a way to preserve African beliefs despite forced religious conversion. This is called syncretism. An example of this is the Orixa Ogun, who stands-in for, Saint George, Saint Sebastian, or Saint Anthony, depending upon your location. Candomblé can be thought of as a non-institutionalized religion in Bahia.

Image at top: Contemporary artwork representing three Orixas. Bottom left: A group of Candomblé practitioners photographed in 1902. (Both images are courtesy of Altar Gods). Bottom right: Family photograph of the Yemanjá festival held every February in Salvador, Bahia.

In summary, “Candomblé is a uniquely Afro-Brazilian religion, made possible by mixing African, European, and native Indian traditions in the New World. Candomblé is strongest in Bahia, Brazil, a major port for arriving Africans. Its principal city, Salvador, was the first capital city of Brazil. The first Candomblé temple was built in Salvador in the 19th century after the abolition of slavery.” (Wikipedia) (4)

The Oliveira Family of Ubaitaba circa 1949-50. Left to right: Raynelde Dantas Motta, Laura (Oliveira) Motta, Lourdes Oliveira, João Celestino de Oliveira, Maria (Almeida) de Oliveira, Lindaura de Almeida Oliveira, and José Oliveira. (Family photograph).

The Oliveira Family of Ubaitaba

Ubaitaba is a small river city found in section of the remaining ancient Atlantic rainforest, in the state of Bahia, between the cities of Salvador and Ilhéus. This region “was formerly inhabited by Indigenous peoples [Tupi] until the arrival of Portuguese colonizers. After contact with the Portuguese and the establishment of the Captaincies of Brazil by King Manuel I of Portugal from 1504 onwards, the municipality’s territory became part of the lands of the Captaincy of São Jorge dos Ilhéus. The village of São Jorge dos Ilhéus was founded in 1536 as Vila de São Jorge dos Ilhéos. The modern name of Ubaitaba is from the Tupi language.

Throughout the 18th century, the Captaincy of São Jorge dos Ilhéus developed, and farms were established along the coast of the vast region. The origin of the village is related to the creation of both the Arraial de Tabocas and the Arraial de Faisqueira farms (in 1783), an area then used for timber extraction, sugar cane, cereal and cocoa cultivation.

This is a excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911, and organized by the company Hartmann-Reichenbach. The red lines are railways. (Map image courtesy of Mapas Históricos da Bahia).

On January 28, 1914, a river flood destroyed the Arraial de Tabocas, scattering its population. Coordinated by physician Francisco Xavier de Oliveira, a resident of the village, the victims rebuilt the settlement, rising above the floodwaters. The name chosen was Itapira. [This name was changed to] Ubaitaba, conferred in 1933, a combination of the Indigenous words ‘ubá, meaning small canoe, ‘y,’ meaning river, and ‘taba’ meaning village / city.

When reviewing the very few historic photographs available of the city, the layout is two parallel roads which run along the river’s edge. Between the two streets is a wide, park-like meridien, with the Catholic Church anchoring one end of town. Shops and stores are one or two stories tall, and facing the street. We provide this description because the Oliveira family ran a general market store in Ubaitaba, of the type then known as a mercearia.

Left: One of the two main streets of the town of Ubaitaba, Bahia in the 19th century. Right: the church which anchored the end of the streets. The general market ‘mercearia’ which the Oliveira family operated, would have been somewhere along this street, and could have looked like the one shown in the lower photograph. (For photograph credits, see footnotes).


Before the rise of large retail chains, mercerias gerais (general stores) served as essential neighborhood stores where people could buy a range of everyday products, acting as a central point in local communities. They sold a wide variety of basic and imported goods, including staples like rice, beans, and sugar, along with everyday essentials like soap and matches, and a selection of imported foods and liquors. They also offered locally made products such as coffee, cheese, and fruits.

Some rare mercearias still exist to this day, but that particular evocative name has given way to the rather bland and universal name of mini-market. (Think lottery tickets, cigarettes, a carton of milk, and perhaps some chips, or donuts). In this modern Walmart era in which we live, very few places still exist in local communities, where you can walk into a small family store and everyone knows your name.

For the de Oliveira family
We can begin with, Manoel Celestino de Oliveira, born (likely) in Brazil. He married Rita Celestino de Oliveira. They had a son, who is named —

João Celestino de Oliveira, born November 6, 1890 — in Maceió, Alagoas (state) died November 25, 1968, in Ubaitaba. He was married two times: first to Eufrosina Souza Oliveira, until her death before 1925. They had one child.

Second, he married Maria de Almeida in 1925. She was born on March 20, 1900 in Maracás — died October 5, 1968, in Ubaitaba. They had four more children.
Maria de Almeida’s parents were: Cândido Olegário de Almeida and Balbina Olegário.

Together, João Celestino de Oliveira and Maria de Almeida raised 5 children. All births and deaths are in Bahia, Brazil, unless noted otherwise:

  • Agostinho Celestino de Oliveira, born August 13, 1919 — died April 12, 1983.
    (His birth mother was first wife Eufrosina Souza Oliveira). He married Ana Eusátquio de Souza on April 24, 1944.
  • Lindaura de Almeida (Oliveira) Coutinho, born October 24, 1927 in Ubaitaba — died June 19, 2020 in Salvador.
    (Lindaura carries the family line forward. See her spouse and children below).
  • Laura de Almeida (Oliveira) Motta, born March 27, 1929. She married Raynelde Dantas Motta, on March 30, 1949.
  • José Celestino de Oliveira, born December 20, 1937 — died 1992. He married Nidia Maria Amado de Oliveira in May 1968.
    She was a cousin of the beloved Brazilian novelist Jorge Amado, (see footnotes).
  • Maria Lourdes de Almeida (Oliveira) Cunha, born November 11, 1938. She married Humberto Olegário da Cunha on December 28, 1965. (5)
Paulo de Azevêdo Coutinho, circa 1966, and
Lindaura Almeida (Oliveira) Coutinho, circa 1950s.
(Family photographs).

You can’t imagine how much I’ve missed you…”

Before they were married, Paulo and Lindaura corresponded via letters for about two years before becoming engaged in September 1950. (At that time, letters were the only way they could communicate. Home telephones were still rather new and quite expensive, in the Brazil of that that era). None of those courtship letters have survived, but a few others have. When we looked at them we noted the degree of tenderness with which he still wrote to his wife Lindaura, even many years after they were married. In a 1968 letter (which we have placed the in the footnotes), we read these words —

April 11, 1968

My dear Lindaura,

Wishing you health together with our dear children.

I’m arranging things so that you can come here in the beginning of May. Rivaldo has found a house in Piranga, but he has to make major repairs. I won’t be paying rent, nor for any repairs.

I think that our little ones won’t be too unfamiliar with the climate in Piranga. Soon, I’ll write you a more detailed letter. You can’t imagine how much I’ve missed you. Many kisses to our children. A melancholic hug from your Paulo.

PS: The bonus will be worth it. NBR 500.00. If the “Ritom” truck doesn’t arrive by the 17th of this month, I’ll send Maria Celeste’s dresses by plane.

Their March 1952 wedding photograph. (Family photograph).

Paulo de Azevêdo Coutinho, born June 29, 1919 in Lençóis — died November 28, 1990 in Salvador. He married Lindaura Almeida de Oliveira on March 19, 1952 in Ubaitaba. She was born October 24, 1927 in Ubaitaba — died June 19, 2020 in Salvador.

They had five children together, as follows below. All births and deaths are in Bahia, Brazil, unless otherwise noted:

  • Maria Celeste Oliveira Coutinho, born July 14, 1953 in Salvador. She married Bernardino Dantas de Santana on July 28, 1989, — (ends) unknown date.
  • Maria Angela Oliveira (Coutinho) Martins Bass, born April 11, 1955 in Salvador. She married two times, first to Antonio Martins, Jr., 1985 — (ends) before 2002. She married second Robert Bass, 2002 — 2010, (his death). He died in Sarasota County, Florida, United States.
  • Maria Cristina Oliveira (Coutinho) Pinheiro, born May 27, 1961 in Ilhéus. She married Antonio Carlos Marques Pinheiro on September 17, 1983. They had two children.
  • Paulo Emilio Oliveira Coutinho, born September 17, 1963 in Ilhéus. He married once, first to Marizela Cardoso Sales, 1991 — (ends) before 2023. They had two children. Second, he was domestic-partnered to Sonia Alves Silva Chagas, in 2023. They have one child.
  • Leandro José Oliveira Coutinho, born September 30, 1965 in Ilhéus. He married Thomas Harley Bond on June 26, 2008.

Prior to knowing Lindaura Almeida Oliveira, Paulo de Azevêdo Coutinho had a previous relationship with a woman named Zulmira Silva. Even though they never married, and the fact that she passed on in 1952, from this union there were two children who were half-siblings of the (above) family. Paulo was then the father to seven children.

Left: Paulo, Lindaura, and Sonia Coutinho, circa 1950. Right: Newton in a school photograph, circa 1954. (Family photographs).
  • Sonia Maria De Azevêdo (Coutinho) Costa, born November 5, 1942, in Salvador. She married Jorge Augusto de Oliveira Costa in 1969. They had two children.
  • Newton de Azevêdo Coutinho, born September 25, 1944 — died May 27, 2000, both in Salvador. He married Titê _______ in 1971. They had one child. (6)
The July 21, 1967 edition of Diário de Itabuna newspaper:
“With Mayor José de Almeida Alcântara, council members, officials, and the press in attendance, Colonel Paulo Coutinho was sworn in as Itabuna Police Chief yesterday at 3 p.m. During his speech (photo), Mayor Alcantara (pictured) emphasized the need for ‘a more effective fight against the infamous jogo do bicho [an illegal gambling numbers game, see footnotes], which is openly rampant in the city.” (Family photograph).

Colonel Paulo Coutinho

The above newspaper photograph shows Colonel Paulo Coutinho as the newly-sworn-in Itabuna Police Chief in July 1967. The excited man waving his arm is José de Almeida Alcântara, the local mayor who seems quite upset about the local goings-on of an illegal gambling numbers enterprise called Jogo de Bicho. This was a game that was extremely popular, and at the same time, extremely illegal. It preyed upon people who simply could not afford to gamble. From Wikipedia, “The game is said to have become popular because it accepted bets of any amount, in a time when most Brazilians struggled to survive a very deep economic crisis. ‘If you see two shacks lost somewhere in the backlands’ a Brazilian diplomat once observed, ‘you can bet that a bicheiro [someone connected to the game] lives in one of them and a steady bettor in the other.’” 

It was Colonel Coutinho’s job to crack down on the illegal operation. This was an opportunity for someone in his position to take bribes and accept money under the table to look the other way, but he never did this. To this day, his family is quite clear that he was what could be described as a straight-arrow, who thought that living an honest life was better than advancing through corruption. (And this was during the era of a repressive military dictatorship, which his family also maintains that he steered clear of too).

“The name Military Police was only standardized in 1946 under the regime of Getúlio Vargas, with the new Constitution of 1946 after the Vargas Era of the Estado Novo (1937-1945), which had the objective of limiting the military capacity of the Public Forces in order to focus on being exclusively police forces. Historically in Brazil, ‘After World War II, the Military Police became a more traditional police force, similar to a gendarmerie, subject to the states’. Gendarmes are very rarely deployed in military situations, except in humanitarian deployments abroad. In a country like the United States, the military and police are separate in terms of they interact with the community.” Therefore, for those who are not from Brazil, this term may be misleading.

“According to Article 144 of the federal constitution, the function of the Military Police is to serve as a conspicuous police force and to preserve public order. [They] are organized as a military force and have a military-based rank structure. The commandant of a state’s Military Police is usually a Colonel. The command is divided into police regions, which deploy police battalions and companies.” (Wikipedia)

Colonel Coutinho worked in several different communities during his career: Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, and Salvador. Some of these assignments sometimes separated him from his growing family for periods of time. (7)

The Coutinho home when they lived in Ilheus, Bahia, located at Rua Almiro Vinhas, 13.

Living in Ilhéus and then Piranga

The Coutinho family was a middle-class family during a time in Brazil when there were very few similar families. Indeed, from the 1950s through the 1980s, the middle class of was very small. Then things started to shift with the advancement of democracy and further economic prosperity. The “middle class comprised 15% of the Brazilian population in the early 1980s, and now they encompass nearly a third of the country’s 190 million inhabitants. It rose thanks to Brazil’s good economic performance in the recent years, poverty reduction policies, new work opportunities, and a better-educated workforce. (World Bank Group)

The Coutinho family, circa 1967. Front row, left to right: Paulo and Cristina. Back row, left to right: Angela, Celeste, Lindaura, Paulo Sr., and Leandro. (Family photograph).

Circa 1969, the family moved to the northern part of Bahia for a year and lived in Piranga, at the northern border of the Bahia state. As Paulo had written in his letter to Lindaura in April 1968, “The bonus will be worth it. NBR 500.00.” This informs us that their move north was likely due to a work promotion for his career as a Colonel with the Military Police.

This is an excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911. Piranga is a small municipality located on the São Francisco river in the very upper portion of Bahia. (Map image courtesy of Mapas Históricos da Bahia).

The Piranga community is small municipality and a suburb of Juazeiro, which “is twinned with Petrolina, in the [adjacent] state of Pernambuco. The two cities are connected by a modern bridge crossing the São Francisco River. Together they form the metropolitan region of Petrolina-Juazeiro, an urban conglomerate of close to 500,000 inhabitants’. (Wikipedia) The family returned to Ilhéus again before finally moving to Salvador in 1970. (8)

Thinking of Helena and Maria

Observation: When I was first living in Salvador da Bahia, I was startled by the sheer abundance of people who had other people available to work for them as household staff. As a middle class American child, this was not something that was even remotely available to us in any form. We always had many chores to do, in addition all the other responsibilities we bore as adolescents. — Thomas

“The end of slavery in 1888 didn’t come with any plan to integrate the black ex-slaves into a capitalist society based on paid work. While the paid jobs were offered to the Europeans that emigrated to Brazil after that time, for many of the poor and uneducated black women the only possibility was to continue working as maids”. As recalled by writer Mike Gatehouse, ‘The women… would live in a small bedroom in the working area of our flat. This was common for all my friends, as it had been for our parents. During those years chores were never part of my routine or something I had to worry about. The house worked like a hotel where rooms were cleaned, clothes washed and meals appeared as if by magic.’” (LAB — Latin American Bureau, see footnotes.)

Circa 1970, Paulo was promoted again. This took the family to the coastal city of Salvador, and into the Canela neighborhood.

In Ilhéus, Piranga, and Salvador, Helena was the person who fulfilled the important role of the home-helper. She lived with the Coutinho family until she was 21 years old, and assisted with looking after the children. Furthermore, another woman named Maria worked as a domestic servant, but she did not live in the house.

Left: The Coutinho home when they lived in Salvador, Bahia, located at Edificio Júpiter,
Avenida Sete de Septembre, 2155, in the Vitória neighborhood. Right: Helena, with Leandro. (Family photographs).

In 1975 they moved one last time, into a new home in a modern skyscraper named Edificio Júpiter, located on the celebrated Corredor da Vitória. (In Brazil, it is very common to identify buildings by their name, rather than their address). This building and the adjacent Vitória neighborhood afforded the family easy access to conveniences, good schools for the children, and quite importantly — safety, during a period of much tension in Brazil. Lindaura, the family’s mother, lived in Edificio Júpiter for 45 years.

Papelaria Brazileira City Plan of Salvador, Brazil. The area circled in green encloses
the Canela, and the Vitória districts where the Coutinho family lived.
(Image courtesy of Geographicus Rare Antique Maps).

“Less than a kilometer long, the Corredor da Vitória is home to the Bahia Art Museum, the Carlos Costa Pinto Museum, and the Bahia Geological Museum. Vitória is one of the most valued urban areas in Northeast Brazil.” (Wikipedia)

Leandro remembers the many mango trees and the grand old homes which still then lined the street. Sometimes, as the older families from the previous era passed away, their homes and gardens would become abandoned, and fall into disrepair. (Most of these homes were eventually razed to make way for modern high-rise apartment buildings). To this day, he shares tales that his passion for mangos would seduce him into sneaking into these old gardens, climbing the trees, and furtively sneaking away with a clutch of fresh mangos. (9)

Blame It On The Bossa Nova

When Leandro and I met, it was truly North America meets South America because his English was not very good, and my Portuguese was non-existent. (He had been living for the previous decade in Germany, and France before that, so his French and German were quite good). As the North American, I was then, (and am still somewhat now), a big contrast to his skillful linguistic ability. I have always been humbled by the ease with which he fluently slips into other languages at dinner parties.

Initially at that time, I thought about what I knew about Brazil, and the answer was not too much. When I was a boy, Brazil vanished in to repressive military regime and there just wasn’t any news about it in the local newspapers. When democracy returned to Brazil between 1985 — 1988, no one I knew was paying much attention, even though we were aware of this change.

Like most Americans, if I knew much about Brazil, it was simply Carmen Miranda, and some Bossa Nova radio hits. Ms. Miranda was famous for her flair for wearing a banana hat in movies while looking lovely, (and also like she was having a lot of fun while doing this). Bossa Nova music was then translated into English for palatability to American audiences (and of course, to sell more records).

Most of us were aware of the hit song The Girl from Ipanema, which we heard on AM transistor radios. Influentialy, the band Sergio Mendes & Brazil ’66 was extremely popular in the mid-1960s, (around the time that Leandro was born). In fact, they were so famous that I still have a distinct memory of standing in a muddy field in Newbury Township, Ohio, after a rainstorm, when I was about 10 years old. I watched the Newbury High School Marching Band knock-out a pretty good version of the song Mas Que Nada (which ironically, was sung in Portuguese). I would say that it was toe-tapping good, but my boots were stuck in the mud.

Mas Que Nada as performed by Sergio Mendes and Brasil ’66.

For Leandro and his family lines, the Coutinhos and the Oliveiras — after many, many years, life has come full circle as we have returned to the ancient land of his ancestors. We see the world through our modern lens, thinking always about those who lived here before us. For this family line, we have reversed the tide of their past immigration, for we now live in Lisbon, Portugal. (10)

— Thomas

Following are the footnotes for the Primary Source Materials,
Notes, and Observations

A Place Quite Apart

(1) — one record

Librairie Elbé Paris
Jets to Brazil, Varig Airlines travel poster
by Artist unknown, circa 1960 
https://www.elbe.paris/en/vintage-travel-posters/1618-vintage-poster-1960-jets-brazil-varig-airlines.html
Note: For the vintage poster artwork.

Catholicism is the Foundational Religion of Brazil

(2) — four records

Catholic Church in Brazil
https://en.wikipedia.org/wiki/Catholic_Church_in_Brazil
Note: For the text.

Some of the Saints in the Roman Catholic pantheon.

Statues of Saints in Ouro Preto, Minas Gerais
by Photographer unknown
https://en.wikipedia.org/wiki/Catholic_Church_in_Brazil#/media/File:-i—i-_(6288973445).jpg
Note: For the photo shown above.

Afar
The São Francisco Church and Convent
Igreja e Convento de São Francisco

https://www.afar.com/places/igreja-e-convento-de-sao-francisco-salvador
Note: For the photograph.

Church of Nosso Senhor do Bonfim, Salvador
https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_Nosso_Senhor_do_Bonfim,_Salvador
Note: For the text explaining “Lembrança do Senhor do Bonfim da Bahia” (Remembrance of the Lord of Bonfim of Bahia).

Slavery Did Not Officially End Until 1888

(3) — four records

Slavery in Brazil
https://en.wikipedia.org/wiki/Slavery_in_Brazil
Note: For the text.

Isabel, Princess Imperial of Brazil
https://en.wikipedia.org/wiki/Isabel,_Princess_Imperial_of_Brazil
Note: For the reference.

Isabel, Princess Imperial of Brazil
photographed by Joaquim Insley Pacheco, circa 1870
https://en.wikipedia.org/wiki/Isabel,_Princess_Imperial_of_Brazil#/media/File:Isabel,_Princesa_do_Brasil,_1846-1921_(cropped).jpg
Note: For her portrait.

Lei Áurea
https://en.wikipedia.org/wiki/Lei_Áurea
Note: For the document image.

Candomblé and Syncretism

(4) — three records

Carybé illustration of the Orixa Yemanjá.
(Image courtesy of Pinterest).

Candomblé
https://en.wikipedia.org/wiki/Candomblé
Note: For the text and historical photograph from 1902.

Altar Gods
Candomble: Afro-Brazilian Faith and the Orixas 
https://altargods.com/candomble/candomble/
Note: For the text and artworks.

The Oliveira Family of Ubaitaba

(5) — five records

> The family photograph in this section is from the personal family photograph collection.

Ubaitaba
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ubaitaba
Note: For the text.

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Notes: This is a excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911, and organized by the company Hartmann-Reichenbach. The red lines are railways.

Ubaitaba.com
História Regional and História
http://ubaitaba.com/historia-regional/
Note: Upper photographs are from the website section labeled História Regional and História.

Restos de Colecção
Mercearias e Mini-Mercados
https://restosdecoleccao.blogspot.com/2013/05/mercearias-e-mini-mercados.html
Note: For the lower photograph titled Antigas Mercearias.

You can’t imagine how much I’ve missed you…”

(6) — nine records

> The family photographs in this section are from the personal family photograph collection.

The April 11, 1968 letter from Paulo to his wife Lindaura, just before their move to Piranga, Bahia.

Jorge Amado, August 10, 1912 — August 6, 2001) “…was a Brazilian writer of the modernist school. He remains the best-known of modern Brazilian writers, with his work having been translated into some 49 languages and popularized in film, including Dona Flor and Her Two Husbands in 1976, and having been nominated for the Nobel Prize in Literature at least seven times.

Portrait of novelist Jorge Amado.

His work reflects the image of a Mestiço* Brazil and is marked by religious syncretism. He depicted a cheerful and optimistic country that was beset, at the same time, with deep social and economic differences.” (Wikipedia) *Mestiço is a Portuguese term that refers to persons of mixed race, as people from European and Indigenous non-European ancestry.

Jorge Amado
https://en.wikipedia.org/wiki/Jorge_Amado
Note: For the text.

Fundação Casa de Jorge Amado
https://www.jorgeamado.org.br/
Note: For his portrait.

Brazilian Publishers
3 Books to Get to Know The Work of Jorge Amado,
Master of Social Realism and Bahian Imagination

https://brazilianpublishers.com.br/en/noticias-en/3-books-to-get-to-know-the-work-of-jorge-amado-master-of-social-realism-and-bahian-imagination/
Note: For the text.

The Brazilian Publishers website recommends that these “three essential books [which should be read] to discover the strength and diversity of his literature”. (The descriptive text below is from their website).

  • Captains of the Sands (Capitães da Areia)
    In the book, we follow Pedro Bala, Professor, Gato, Sem Pernas and Boa Vida, marginalized young people who grow up on the streets of Salvador. Living together at Trapiche, they form a close-knit community. The arrival of Dora and her brother Zé Fuinha, brought by Professor, causes a stir among the boys, who are not used to the female presence. Slowly, an emotional bond develops between the group’s leader and the girl.

    Captains of the Sands
    https://en.wikipedia.org/wiki/Captains_of_the_Sands
    Note: For the reference.
  • Dona Flor and Her Two Husbands (Dona Flor e Seus Dois Maridos)
    The story begins during the 1943 carnival in Bahia, when Vadinho, a womanizer and inveterate gambler, suddenly dies. Dona Flor, his wife, is inconsolable. Some time later, she marries Teodoro Madureira, a pharmacist who is the opposite of her first husband. Together, they have a stable and peaceful, but boring, life until the day when Vadinho’s ghost appears in Dona Flor’s bed.

    Dona Flor and Her Two Husbands (novel)
    https://en.wikipedia.org/wiki/Dona_Flor_and_Her_Two_Husbands_(novel)Note: For the reference.
  • Gabriela, Clove and Cinnamon (Gabriela, Cravo e Canela)
    The book tells the story of the romance between Nacib and Gabriela, set in Ilhéus in the 1920s, during the city’s cocoa-driven development. Gabriela’s sensuality wins over Nacib and many men, defying the law against female adultery. Published in 1958, the book was a worldwide success and became an acclaimed Brazilian soap opera.

Gabriela, Clove and Cinnamon
https://en.wikipedia.org/wiki/Gabriela,_Clove_and_Cinnamon
Note: For the reference.

Mestiço
https://en.wikipedia.org/wiki/Mestiço
Note: For the data.

Colonel Paulo Coutinho

(7) — four records

> The family photograph in this section is from the personal family photograph collection.

Jogo do bicho
https://en.wikipedia.org/wiki/Jogo_do_bicho
Note: For the reference.

Military Police (Brazil)
https://en.wikipedia.org/wiki/Military_Police_(Brazil)#:~:text=The Military Police was founded,on being exclusively police forces.
Note: For the text.

Gendarmerie
https://en.wikipedia.org/wiki/Gendarmerie
Note: For the reference.

World Bank Group
In Brazil, an emergent middle class takes off
https://www.worldbank.org/en/news/feature/2012/11/13/middle-class-in-Brazil-Latin-America-report
Note: For the text.

Living in Ilhéus and then Piranga

(8) — three records

> The family photographs in this section are from the personal family photograph collection.

Scenes of Salvador da Bahia by Carybé

Exposição “Carybé e o Povo da Bahia”
celebra a identidade cultural no Museu de Arte da Bahia

https://jornalgrandebahia.com.br/2024/12/exposicao-carybe-e-o-povo-da-bahia-celebra-a-identidade-cultural-no-museu-de-arte-da-bahia/
Note: For the Carybé illustrations above.

Juazeiro
https://en.wikipedia.org/wiki/Juazeiro
Note: For the text.

Thinking of Helena and Maria

(9) — four records

> The family photograph in this section is from the personal family photograph collection.

LAB – Latin American Bureau
Brazilian Maids: A Photo Essay
by Mike Gatehouse
https://lab.org.uk/brazilian-maids-a-photo-essay/
Note: For the text.

Vitória (Salvador)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitória_(Salvador)
Note: For the text.

Geographicus Rare Antique Maps
1931 Papelaria Brazileira City Plan of Salvador, Brazil
https://www.geographicus.com/P/AntiqueMap/salvadorbahia-papelariabrazileira-1931
Note: For the map image.

Blame It On The Bossa Nova

(10) — two records

Sérgio Mendes
https://en.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Mendes
Note: For the reference.
and
Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brasil ’66
https://en.wikipedia.org/wiki/Herb_Alpert_Presents_Sergio_Mendes_%26_Brasil_%2766
Note: For the album cover artwork.



A Linha do Coutinho / Oliveira, Uma Narrativa — Capítulo Dois

Este é o Capítulo 2 de 3, sendo a continuação da história deste ramo da família. Aqui, aprofundamos a chegada das nossas famílias a Minas Gerais, Bahia e Paraíba, e outros estados do Brasil. Tendo em conta que, no total, existem 6 capítulos: o primeiro conjunto de 3 capítulos está escrito em inglês; o segundo conjunto de 3 capítulos está traduzido para português.

O Sr. Peabody e o Sherman estão a delinear estratégias para encontrar os registos da família Coutinho / Oliveira, que estão amplamente dispersos.

Senhor Peabody e Sherman*

Uma queixa comum entre aqueles que fazem investigação genealógica deveria ser: “Sherman, configura a Máquina do Tempo para…”

Este capítulo da história da família Coutinho / Oliveira é aquele em que gostaríamos, por algum milagre, de ter acesso à Máquina do Tempo do Sr. Peabody e Sherman. (porque > razões de pesquisa)

Os registos da linhagem das famílias Coutinho e Oliveira são muito escassos. Na verdade, só conseguimos traçar a linhagem durante algumas gerações. No Brasil daquela época, o registo de informação não parecia ser muito importante, a não ser que se fosse uma pessoa de estatuto muito elevado. Aliás, a maioria dos registos parece ter sido mantida pela Igreja, e não pelo governo. Portanto, temos a sorte de termos encontrado o que encontrámos até agora.

Além disso, é bastante provável que muitos registos ainda não tenham sido disponibilizados nas bases de dados online. Assim, estamos a torcer para que isso aconteça em breve, pois continuaremos a pesquisar esta linhagem familiar.

Finalmente, como escrevemos no Capítulo Um, quando estávamos a documentar a heráldica familiar em Portugal, há uma coincidência em que ambos os nomes Azeredo e Azevêdo são utilizados nos registos que encontrámos. Estes apelidos pertencem à mesma família, e esta variação deve-se sobretudo a quem registou a informação. Este é um padrão observado na variação normal da manutenção de registos, que começou num mundo pré-letrado e continuou até ao século XX. (1)

*Conhecido no Brasil pelo nome: As Aventuras de Peabody e Sherman

Trata-se de um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911 e organizado pela empresa Hartmann-Reichenbach. As linhas vermelhas representam caminhos-de-ferro. (Imagem do mapa cedida por Mapas Históricos da Bahia).

Ah Bahia!

Foi aqui que começou o Brasil português — em Porto Seguro, na Baía, por volta de 1500.

A maioria das pessoas não compreende a dimensão do Brasil. É o 5º maior país do mundo, com 26 estados. O estado da Bahia, onde se desenrola grande parte da história desta família, tem uma área ligeiramente maior que a da França ou, similarmente, a da Espanha. Vários dos mais pequenos países europeus caberiam facilmente dentro dele, com alguma folga. A questão é esta: as distâncias são realmente vastas e podem não ser compreendidas apenas consultando o mapa abaixo.

A história das famílias Coutinho e Oliveira desenrola-se sobretudo dentro de um triângulo delimitado pelas cidades de Lençóis, Ilhéus, e Salvador da Bahia. (2)

A Família de Azevedos Chega ao Brasil Vinda de Portugal

Vamos recuar no tempo e ver como o nosso ramo da família de Azevedo chegou ao Brasil e como acabou por se ligar à família Coutinho. Será que algum deles chegou a saber da antiga aliança entre as suas famílias nobres, a Casa de Azerêdo-Coutinho?


Brasão de Manoel de Azeredo Coutinho Messeder, Fidalgo Cavaleiro,
Do acervo do Arquivo Nacional do Brasil, cerca de 1855.
(Imagem cortesia de Wikimedia Commons).

A história da família Azevêdo remonta a antes de 1740 em Portugal. Desta geração, temos apenas o nome de Domingos Gomes de Azevêdo da Costa. Crê-se que terá chegado ao Brasil como o antepassado original, algures nas primeiras décadas do século XVIII. Como o mapa abaixo mostra claramente, era assim que muitas pessoas imaginavam o Brasil naquele início do século. Repare como era natural que os imigrantes se estabelecessem ao longo da costa, devido ao facto de viajar de navio ser a única forma de se deslocarem por um território tão vasto.

Mapa Geográfico Recentemente Elaborado do Reino do Brasil na América do Sul,
por Matthias Seutter, cerca de 1740. (Imagem cedida pela Old World Auctions).

Sabemos que o filho do antepassado original no Brasil era o seu filho (do mesmo nome): Domingos Gomes de Azevêdo, que nasceu em 1740 em Diamantina, Minas Gerais, Brasil — e faleceu a 2 de outubro de 1831. Casou com Ana Joaquina Sofia de Jesus, nascida em 1762 em Caetité, Bahia, Brasil. É frequentemente registado em documentos como Capitão Domingos Gomes de Azevêdo e também como Domingos Gomes da Costa. A sua esposa adotou o apelido de Azevêdo em vez de Jesus, transmitindo-o aos seus dez filhos.

O Family Search apresenta a seguinte biografia sobre ele —
“O ilustre Comandante Domingos Gomes de Azevêdo foi o responsável pela criação da povoação no Distrito de Paz do Gentio, no município de Guanambi, Bahia [perto de Caetité]. Nasceu no estado de Minas Gerais, muito provavelmente na região de Caetité, em 1740. Durante as perseguições que se seguiram após fracasso da Conspiração de Minas Gerais, da qual fez parte — fugiu com toda a sua família, bens, associados e amigos para a Bahia. A família Gomes de Azevêdo chegou à cidade de Caetité no final do último trimestre de 1700 (ou seja, entre 1775 e 1792), vinda do povoado de Tijuco (em Diamantina, Minas Gerais). Domingos Gomes de Azevêdo faleceu na cidade de Caetité a 2 de outubro de 1831.” (3)

À esquerda: Joaquim José da Silva Xavier [Tiradentes], vestido com o relatório de alferes da tropa remunerada de Minas Gerais, de José Wasth Rodrigues, cerca de 1940. (Imagem cortesia do Museu Histórico Nacional, via Wikipedia Commons). Ao centro: A Bandeira dos Conspiradores, por Carlos Oswald, cerca de 1939. À direita: Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo, cerca de 1893. (As duas últimas imagens são cortesia da Wikimedia Commons).

A Inconfidência Mineira (ou A Conspiração de Minas Gerais)

Este acontecimento histórico “… foi um movimento separatista falhado no Brasil colonial em 1789. Foi o resultado de uma confluência de causas externas e internas. A inspiração externa foi a independência das treze colónias britânicas na América do Norte após a Guerra da Independência Americana, acontecimento que impressionou a elite intelectual de muitos — particularmente a capitania de Minas Gerais.

A principal causa interna da conspiração foi o declínio da mineração de ouro naquela capitania. Com a escassez de ouro, os mineiros da região enfrentavam crescentes dificuldades para cumprir as suas obrigações fiscais junto da coroa portuguesa (o imposto sobre o ouro era de um quinto). Quando a capitania não conseguia satisfazer a procura real de ouro, era onerada com um imposto adicional sobre o ouro, denominado derrama.

O líder da conspiração foi Joaquim José da Silva Xavier, também conhecido por Tiradentes. Quando a conspiração foi descoberta pelas autoridades, Tiradentes foi preso, julgado e enforcado publicamente. [E depois esquartejado!] O aniversário da sua morte é comemorado como feriado nacional no Brasil.” (Wikipédia) (4)

O estado de Minas Gerais localiza-se a sul da Bahia. Este é um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911. Estamos a utilizá-lo novamente para manter a continuidade e porque permite mostrar as comunidades nos seus locais corretos. Os mapas anteriores a essa época não apresentam todas as localidades. (Imagem do mapa cedida por Mapas Históricos da Bahia).

Estes Nomes de Lugares São Verdadeiros Trava-Línguas!

Os nomes das cidades e vilas são uma salada de palavras, derivadas tanto das línguas de vários povos indígenas como do português imigrante. Retomando a história da família Domingos Gomes de Azevêdo, segundo o Family Search: “De acordo com estudos e documentos encontrados nos arquivos de Itacambira, Minas Gerais, perto de Grão-Mogol, residia no Sítio Bananal, em Itacambira. O seu filho Joaquim foi batizado na igreja de Itacambira, saindo assim de Itacambira para Ceraima, perto de Caetité e Guanambi.”

Registo de batismo de Joaquim Venâncio de Azevedo, a partir dos registos de
Igreja de Santo Antônio de Itacambira, Minas Gerais. (Family Search)

Assim, o filho de Domingos, Joaquim Venâncio Gomes de Azevêdo, leva a linhagem por mais uma geração. Nasceu em 1797 e foi batizado em Santo Antônio de Itacambira, Grão Mogol, Minas Gerais, a 7 de julho de 1797. Faleceu a 25 de outubro de 1844, em Caetité, Bahia e está sepultado na Igreja Matriz de Sant’Anna, em Caetité, Bahia. A sua esposa chama-se Maria Rosa de Azevêdo, mas não há mais informações sobre ela. Joaquim foi conhecido como Intendente de Caetité desde 1838 até à sua morte em 1844. Tiveram 12 filhos.

A assinatura de Joaquim Venâncio Gomes de Azevêdo, data desconhecida. (Family Search)

Filho de Joaquim e Maria Rosa, José Venâncio Gomes de Azevêdo dá continuidade à história. Provavelmente nasceu em Caetité, por volta — faleceu em 1874, em Lençóis, na Baía. Casou com Virgínia Josefina Gomes de Azevêdo, nascida cerca de 1818 — falecida em data desconhecida, ambas provavelmente em Caetité, Bahia.

José Venâncio Gomes de Azevêdo e Laura Angelica Viveiros Azevêdo, datas desconhecidas.
(Fotos de família).

Tiveram 11 filhos, um dos quais é:
José Venâncio Gomes de Azevêdo, nascido a 4 de agosto de 1861* — falecido a 7 de maio de 1916, ambos os eventos em Lençóis, Bahia. Casou com Laura Angélica Angelica Viveiros de Azevêdo a 3 de fevereiro de 1889. Esta nasceu a 17 de dezembro de 1869 em Mucugê, Bahia — faleceu a 7 de agosto de 1939 em Salvador, Bahia. Encontra-se sepultada no Cemitério do Campo Santo. Está registado como Coronel Comandante do 442º Batalhão de Infantaria.

*Um mês após o casamento, os recém-casados ​​fizeram o Registo Civil (Certidão de Casamento) no dia 2 de março de 1889. Ele declarou que tinha 27 anos e ela 19 anos à data do casamento.

Assento de casamento do casal, datado de 2 de março de 1889. O texto sublinhado confirma os nomes e as idades registadas. (Family Search).

O Family Search possui a seguinte anotação nos registos de Laura Angélica Viveiros de Azevêdo: “Era uma católica devota e vivia na cidade de Lençóis, Bahia, onde teve 14 filhos, um dos quais faleceu ainda jovem. Em homenagem aos seus 13 filhos vivos, celebrava com uma festa e missa em sua casa, onde tinha um altar dedicado a Santo Antônio, uma tradição herdada da sua família nos Açores, em Santo Antônio da Costa Delgada, Portugal. Assim, a cada ano, um dos seus 13 filhos era homenageado na festa de devoção ao referido Santo António.” Até à data, as nossas fontes indicam 15 filhos.

De entre os seus numerosos filhos, uma filha, Guiomar Viveiros de Azevêdo, é a avó do meu marido (que, por coincidência, também se chama Leandro, em homenagem ao avô). A história destes avós está descrita na secção abaixo intitulada, Conhecer a Família Leandro e Guiomar Coutinho de Lençóis. (5)

Postal antigo dos Sertões do Brasil (Festival Sul-Americano dos Divinos Nativos), certa de 1900, na região da Chapada Diamantina, Brasil. (Imagem central cortesia do eBay e imagens dos selos à esquerda e à direita obtidas em pesquisas no Google).

Diamantes em Gema Bruta

O Ciclo Diamantífero de Lençóis
Os primeiros registos que conhecemos desta família levam-nos à cidade de Lençóis, localizada na região central da Bahia, conhecida como a porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada Diamantina. “A cidade foi fundada quando foram descobertos depósitos de diamantes em Mucugê, em meados do século XIX. Nessa época, os aventureiros chegaram em grande número e montaram tendas que, à distância, pareciam lençóis esticados, dando nome à cidade. Esta origem do nome reflete a estética do local e está intrinsecamente ligada à história da cidade e ao seu desenvolvimento durante o Ciclo Diamantífero.”

Mapa desdobrável intitulado “Esboço do Autor dos Distritos de Ouro e Diamante da Bahia”
Derivado de: The Diamond Trail: An Account of Travel Among the Little Known
Bahian Diamond Fields of Brazil
, por Hugh Pearson, 1926. Note que Salvador (indicada como Bahia) fica mesmo ao leste, no lado direito do mapa. (Courtesy of the Internet Archive).

Lençóis era a cidade mais rica da Chapada durante o Ciclo do Diamante. Chegou a ser aí estabelecido um Consulado Francês para facilitar a exportação das pedras preciosas. No entanto, quando os depósitos se esgotaram, Lençóis entrou em decadência, sobrevivendo da extração de carbonatos [sais] e tendo de suportar os excessos dos coronéis, que provocaram grandes conflitos na região. O mais famoso deles foi o Coronel Horácio de Mattos*, que teve grande influência política, inclusive junto do Governo Federal.” (Texto derivado de, História e Atrações Turísticas de Lençóis na Chapada Diamantina)
*Veja ‘O Problema com o ‘Coronelismo’ abaixo.

O mundo já tinha visto febres como esta… Em 1849, a descoberta de ouro em Sutter’s Mill, na Califórnia, deu origem à famosa Corrida ao Ouro da Califórnia, um acontecimento que mudou para sempre a história do Oeste americano. Como aprendemos sobre Lençóis, o mesmo fenómeno aconteceu na vizinha cidade de Andaraí, na Bahia, e esta família estava mesmo no meio de tudo.

Andaraí localiza-se na região central da Bahia, a sul de Lençóis, na Chapada Diamantina. Trata-se de um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911 e organizado pela empresa Hartmann-Reichenbach. As linhas vermelhas são caminhos-de-ferro. (Imagem do mapa cortesia de Mapas Históricos da Bahia).

Andaraí situa-se também na Chapada Diamantina (que pode ser traduzida livremente como o Planalto dos Diamantes), a sul de Lençóis. “A descoberta de depósitos de diamantes em Andaraí ocorreu em 1845 ou 1846, (e) …em consequência, um grande número de pessoas ávidas pelo mineral chegou à região”, — tal como na Corrida ao Ouro na Califórnia. “A aldeia de Andaraí formou-se na área mineira mais conhecida, ativa e de maior qualidade da região, que cresceu e, com ela, chegou o comércio e as indústrias de transformação. Após o fim do Ciclo do Diamante, a economia de Andaraí passou a basear-se no cultivo do café e na pequena mineração.” (Wikipédia) (6)

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho e Suas Famílias

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho, nascido a 2 de maio de 1854, em Andaraí, Bahia — falecido a 31 de março de 1941, em Palmeiras, Bahia. Casou com Carolina Athahydes de Molina; a data exata é desconhecida, pois não possuímos registo de casamento. Contudo, acreditamos que o casamento tenha ocorrido por volta de 1880, e que ele fosse cerca de dez ou quinze anos mais velho que ela. Alfredo e Carolina são os bisavós da geração atual.

Carolina nasceu provavelmente no final da década de 1860 e consta que faleceu em 1898. O seu nome está registado em vários documentos civis nos Lençóis até vários anos após a sua morte. Através de uma pesquisa minuciosa, conseguimos apurar que Alfredo e Carolina tiveram pelo menos quatro filhos (e provavelmente mais), todos provavelmente nascidos em Lençóis, na Bahia.

  • Leandro de Azevêdo Coutinho, nascido a 15 de abril de 1883 nos Lençóis — faleceu a 6 de agosto de 1965 em Salvador.
    (Leandro leva mais longe a linhagem familiar. Veja abaixo a sua mulher e filhos).
  • Ana de Azevêdo Coutinho, nascida cerca de 1887 — morreu em data desconhecida — mas provavelmente entre 1911 e 1941*.
  • Manoel de Azevêdo Coutinho, nascido cerca de julho de 1890 — faleceu a 23 de janeiro de 1891, em Itaparica, na Baía, com cerca de 7 meses de idade.
Assento de óbito de Manoel de Azevêdo Coutinho, datado de 23 de janeiro de 1891.
  • Álvaro de Azevêdo Coutinho, nascido cerca de 1892/93 — faleceu, data desconhecida. Casou com Maria Juliana Paraguassu em 1915, em Lençóis, Bahia.

*Os registos sobre Ana de Azevêdo Coutinho são bastante escassos. Encontrámos o seu nome numa lista de passageiros de um navio de 1911, juntamente com o do seu pai (ver notas de rodapé). É também mencionada no testamento dele, de 1941, como tendo deixado uma “herança perpétua” aos seus irmãos mais novos. Isto leva-nos a crer que ela já havia falecido.

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho e seu filho Leandro de Azevêdo Coutinho, cerca de 1903. (Fotografia de família).

Após a morte da sua mulher Carolina, Alfredo teve uma longa relação com outra mulher, mas não parece que tenham se casado. Ainda assim, foram registados os nascimentos dos seus filhos e, a seu pedido, os seus nomes foram incluídos no seu testamento de 1941. Chama-se Ernestina Francisca Oliveira. Ernestina nasceu por volta de 1884 e faleceu a 21 de setembro de 1954 na Bahia. Era também bisavó da geração atual.

Leandro é pai de nove (ou mais) filhos no total. Juntos, ele e Ernestina tiveram cinco filhos, todos nascidos em Lençóis.

  • Alcides de Oliveira Vieira, nascido cerca de 1907
  • Edgard de Oliveira Vieira, nascido cerca de 1909
  • Lamartine de Oliveira Vieira, nascido a 7 de fevereiro de 1911 — falecido a 12 de outubro de 1983. Casou com Lealdina Pereira Courado, nascida a 15 de novembro de 1915 — falecida a 19 de maio de 1999. Teve um filho de nome Waldemar Dourado Vieira (cuja filha, Isa Gunes Vieira, foi muito prestável na pesquisa sobre esta linhagem familiar). Obrigado, Isa!
  • Liduina Vieira de Oliveira, nascida cerca de 1913
  • Alice Vieira de Oliveira, nascida cerca de 1915

Estas linhagens familiares que remontam a mais tempo e ainda estão a ser pesquisadas:

Os trisavós desta geração Lourenço Vieira de Azeredo Coutinho Filho (que significa: Junior) e Antonia Coutinho. As suas origens podem estar na área em redor do Grão Mogol em Minas Gerais, Brasil.

Os tetravós desta geração são (o mesmo nome) Lourenço Vieira de Azeredo Coutinho e Maria Pereira de Araujo.

Este ramo da família teve origem por volta de 1754 com o casamento de José Vieira de Figueiredo e Andresa Teodora Grinalda (que seriam os 4x Bisavós). Adotaram da mãe o apelido Azeredo Coutinho para os filhos, e criaram a família Vieira de Azeredo Coutinho.

Alfredo Viero De Azevêdo Coutinho, Exportador de Gado e Produtos Agrícolas
Diário do… Estado da Bahia, Volume III de 1924

Descobrimos que, durante vários anos, numa publicação oficial brasileira intitulada Diário Oficial do Município, Alfredo constava como exportador de gado e produtos agrícolas. Sabemos que era proprietário de terras com consideráveis ​​recursos. Nota: Com base na forma como aparece bem vestido na fotografia acima com o filho Leandro, parece bastante bem-sucedido. (7)

À esquerda: Capa do livro da Exposição Mundial Colombiana, realizada em Chicago em 1893. À direita: O Pavilhão do Brasil na Exposição. “O Brasil contribuiu com 50 mil dólares para a construção do seu pavilhão. Todo o primeiro piso foi dedicado a uma exposição detalhada sobre o café brasileiro, com variedades regionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais em exposição. Nas traseiras, uma instalação que simulava uma plantação de café paulista servia café gratuitamente aos visitantes”. (Biblioteca Pública de Chicago).

Memórias de O Estado da Baía, cerca de 1893

O Estado da Bahia encomendou e preparou um livro intitulado Memórias do Estado da Bahia para a Exposição Mundial Colombiana realizada em Chicago em 1893.

Observação: Poderíamos pensar que este livro teria sido escrito com a intenção de apresentar uma visão favorável de Lençóis na época, mas estaríamos enganados. A opinião dos autores foi algo lacónica. (Parte disto pode ser atribuído ao declínio da cidade devido ao esgotamento das minas).

Os tempos mudam — Hoje, Lençóis é considerada uma cidade muito bonita, com uma natureza exuberante e casas lindíssimas da época colonial.

“A cidade é composta por 1500 casas. [e] Esta cidade está situada num terreno declive [que significa: que se inclina para baixo] nos vales dos rios Lençóis e São José, sendo as duas margens deste último ligadas por uma ponte, e não muito longe dos rios Santo Antônio e Ulinga.”

Exemplar do livro, Memoir of The State of Bahia, cerca de 1893.

Eis o que o Coronel Durval de Aguiar afirma sobre a cidade:
“A cidade, situada num terreno inclinado, não tem qualquer beleza. Uma praça em declive, com algumas árvores e rodeada de casas altas, cujos pisos térreos são ocupados por estabelecimentos comerciais, conduz em todas as direções a ruas muito desinteressantes, algumas das quais pavimentadas com as próprias pedras da rocha onde foram talhadas. Uma grande e antiga casa de madeira na praça serve de câmara municipal, e atrás dela, na rua Mineiros, vê-se uma casa com piso [apenas uma?], que é usada como prisão e quartel. A igreja paroquial nunca foi concluída, pelo que as suas funções são desempenhadas na igreja consagrada a Nossa Senhora do Rosário, na rua Baderna.

Imagem de postal antigo do final do século XIX com a legenda “Praça da cidade dos Lençóis em dia de feira.” (Imagem cedida por Universidade Federal da Bahia – UFBA).

Existia um movimento comercial activo, que diminuiu bastante depois de as minas terem começado a perder a sua importância. Realiza-se todas as segundas-feiras uma feira muito desinteressante e pouco frequentada. Existem duas escolas na cidade.

Com o abandono das minas, os habitantes do concelho dedicaram-se ao cultivo do cafeeiro, de rara qualidade, plantado em locais denominados grotas, ou seja, em vales atravessados ​​​​por rios e ribeiros, situados em terrenos rochosos, formados por numerosas montanhas, que foram reviradas após o início das actividades mineiras. Estas grotas são extremamente férteis e, até aos dias de hoje, produzem uma grande quantidade de café. A extracção de carbonatos, hoje muito valorizados e remunerados, é a principal actividade dos mineiros.” (8)

Leandro de Azevêdo Coutinho e Guiomar Viveiros (de Azevêdo) Coutinho. Estas fotos impressas foram tiradas no final da vida, mas as datas reais são desconhecidas. (Fotos de família).

Conhecer a Família Leandro e Guiomar Coutinho de Lençóis

Quando Guiomar casa com Leandro de Azevêdo Coutinho, o apelido de família dá lugar ao apelido de Coutinho. Todos os seus filhos nasceram em Lençóis.
Leandro de Azevêdo Coutinho, casou com Guiomar Viveiros de Azevêdo antes de 1908. Nasceu a 28 de Março de 1890, provavelmente nos Lençóis – faleceu a 17 de Março de 1975 em Salvador. Tiveram oito (ou mais) filhos em comum, conforme segue abaixo:

Comentar: Agradecendo às nossas estrelas da sorte!
Encontrámos registos de nascimento de duas filhas: Dulce e Eunice, o que foi extremamente útil para a nossa pesquisa. A partir destes registos, conseguimos confirmar exatamente quem eram os pais e os avós do Leandro e do Guiomar.

  • Dulce de Azevêdo (Coutinho) Antunes, nascida a 22 de Maio de 1908 — faleceu a 29 de Fevereiro de 2000. Casou com António Cardoso Antunes.
  • Carmen Viveiros de Azevêdo (Coutinho) Carrera, nascida a 5 de julho de 1910 — falecida cerca de 2004. Casou com José Carrera.
  • Possível criança do sexo masculino, de identidade desconhecida, por volta de 1911. (Ver notas de rodapé).
  • Clarisse de Azevêdo Coutinho, nascida possivelmente em 1914 / falecida, data desconhecida. Casou com Carlos Lopes Bittencourt.
  • Eunice de Azevêdo Coutinho, nascida a 24 de maio de 1917 — faleceu Data desconhecida; solteiro.
  • Almir de Azevêdo Coutinho, nascido/falecido, datas desconhecidas.
  • Paulo de Azevêdo Coutinho, nascido a 29 de junho de 1919 nos Lençóis — faleceu a 28 de novembro de 1990 em Salvador. Casou com Lindaura Almeida Oliveira. (Paulo e Lindaura levam mais longe a linhagem familiar).
  • Waldette de Azevêdo Coutinho, nascida a 15 de dezembro de 1923 — faleceu Data desconhecida; solteiro.
  • Humberto de Azevêdo Coutinho, nascido a 20 de abril de 1927 — falecido a 24 de junho de 1971. Casou com Regina Chetto.
O edifício da farmácia ainda hoje existe na Avenida Rui Barbosa, 846, Lençóis.
(Imagens da localização atual obtidas através da Pesquisa de Imagens Google).

‘O Dr. Leandro’ e a Farmácia
Leandro d’Azevedo Coutinho formou-se em Medicina Dentária, mas nunca exerceu a profissão. Em vez disso, foi farmacêutico durante muitos anos, com um estabelecimento localizado no centro da cidade, na Avenida Rui Barbosa, 846, Centro, Lençóis. O edifício ainda existe e hoje alberga uma loja da cadeia O Boticário, que vende produtos de beleza e cosméticos. A sua neta, Cristina Pinheiro, conta que, “O Leandro morava perto da farmácia e ia a pé para o trabalho de manhã cedo. O Avô Leandro era como o médico da cidade. Examinava sempre as pessoas e prescrevia medicamentos eficazes. Não cobrava a quem não podia pagar e muitas vezes recebia galinhas, perus e fruta como pagamento. Era amado por todos. As pessoas o tratavam por Dr. Leandro.” (9)

Os Conflitos

Peste, bandidos e coronéis… meu Deus!
Como família, sempre nos interrogámos, com muita seriedade, sobre os motivos que levaram o Dr. Leandro Coutinho a abandonar a sua vida em Lençóis e a instalar-se com a família em Salvador, na Bahia. Acreditamos que diversos fatores contribuíram para esta decisão. Tinha uma mulher e muitos filhos pequenos para proteger num ambiente bastante perigoso e, por isso, difícil de suportar. Perante tantas dificuldades, podemos compreender porque é que finalmente sentiu que “Já chega deste disparate, obrigado, e adeus!”

Peste Bubónica
Como alguém com formação médica, o Dr. Leandro provavelmente preocupou-se (com o tempo) com o facto de Lençóis estar tão longe de um hospital urbano que pudesse prestar o nível de cuidados adequados à sua família, quando necessário. Segundo o Instituto Nacional de Saúde, “A chegada da peste [bubónica] ao Brasil no início do século XX marcou um novo capítulo na história da saúde pública do país. A doença atingiu primeiro a cidade portuária de Santos em 1899, espalhando-se rapidamente para outros grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Estes surtos motivaram uma resposta urgente tanto do governo como da comunidade científica, levando à implementação de medidas de quarentena, campanhas de saúde pública e à criação de instituições de saúde especializadas. Com o tempo, a incidência da peste no Brasil diminuiu, graças à melhoria das medidas de saúde pública; no entanto, a doença continuou a ocorrer em algumas zonas rurais, com casos esporádicos.”

“Durante grande parte da sua história, a população do Brasil manteve-se confinada ao longo da costa. As características geográficas, como as cadeias montanhosas costeiras e a relativa escassez de rios navegáveis, dificultaram os esforços para povoar e explorar o vasto interior… no final do século XIX, os esforços para ligar o interior ao litoral fizeram-se através do telégrafo e da ferrovia… “Ao mesmo tempo, [isto] criou condições para a intensificação dos conflitos entre os recém-chegados e aqueles que há muito consideravam o interior a sua casa.” (História da América Latina) Comparativamente às zonas costeiras do Brasil, poucas pessoas migraram para o interior do país e, até hoje, a grande maioria da população ainda vive no litoral atlântico.

À esquerda: Retrato do bandido Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), cerca de 1926. (Fotografia atribuída a Benjamin Abrahão Botto). À direita: Por volta de Julho de 1938, as cabeças decepadas do bando de Lampião expostas em frente ao Instituto Médico Legal do Estado [em Salvador]. No nível mais baixo, a cabeça de Lampião; imediatamente acima, a de Maria Bonita. (Fotógrafo desconhecido).

Lampião e Maria Bonita
Viver no vasto interior do Brasil tornou provavelmente a sua família mais vulnerável às ações de pessoas que (para dizer o mínimo) tinham comportamentos antissociais profundamente problemáticos. Lampião foi, provavelmente, o líder do banditismo tradicional mais bem sucedido do século XX. O banditismo endémico do Nordeste do Brasil era designado por Cangaço. O cangaço teve origem no final do século XIX, mas foi particularmente prevalente nas décadas de 1920 e 1930. Lampião liderava um bando de até 100 cangaceiros, que ocasionalmente tomavam pequenas cidades e que travaram várias batalhas bem sucedidas contra a polícia paramilitar, mesmo em grande desvantagem numérica. Os feitos e a reputação de Lampião o transformaram num herói popular, o equivalente brasileiro de Jesse James ou Pancho Villa. A sua imagem, assim como a da sua companheira Maria Bonita, pode ser vista em todo o Nordeste do Brasil.

O sertão tinha pouca lei e ordem, e mesmo os poucos polícias existentes estavam geralmente ao serviço de um Coronel — um latifundiário influente que era também um chefe político regional — e que normalmente tomava partido em qualquer disputa. (Wikipédia) Lampião e Maria Bonita e o seu extenso bando adquiriram a reputação de serem a versão brasileira de Bonnie e Clyde. A sua onda de crimes durou anos, mas foram detidos e decapitados numa emboscada em Julho de 1938.

À esquerda: Coronel Horácio de Matos, cerca de 1900. (Fotógrafo desconhecido). À direita: Jornal sobre a Coluna Prestes na Bahia. (Ver notas de rodapé).

O Problema com o ‘Coronelismo’
Em Lençóis, “Nessa época, esta parte da Baía era uma zona pobre sujeita ao Coronelismo, o domínio dos Coronéis, que exerciam poderes quase feudais no sertão do Brasil.” (Latin American Bureau)

“Horácio de Queirós Matos foi um político e coronel do sertão baiano durante a primeira metade do século XX. [Ele] liderou um verdadeiro exército de pistoleiros, envolvendo-se em inúmeros conflitos armados ao longo da sua vida — incluindo um papel crucial na perseguição à Coluna de Miguel Costa-Prestes (um movimento rebelde social que eclodiu no Brasil entre 1925 e 1927). Governou durante um quarto de século… [de forma semelhante à] da Cosa Nostra siciliana… com mão de ferro no sertão da Chapada Diamantina e da Chapada Velha, onde vivia o clã Matos. A sua carreira política começou com a sua promoção a tenente-coronel da Guarda Nacional, herdando o comando da família de um tio.

Horácio foi prefeito de Lençóis, então um rico centro mineiro, e senador estadual, um verdadeiro símbolo do ‘Coronelismo’ que moldou a política brasileira durante a República Velha. Apesar de uma vida marcada por tendências bélicas, ambicionava o desarmamento do sertão, e quando este finalmente aconteceu, foi assassinado em circunstâncias misteriosas após ter sido preso injustamente pelo governo de Getúlio Vargas (por volta de 1930) na capital baiana.

Parece que o Leandro tinha dois empregos…
Ao pesquisar sobre os filhos de Leandro e Guiomar, encontramos indícios muito sutis de que Leandro já trabalhava como cobrador de impostos do governo durante o período em que viveram em Lençóis. (Esta foi a profissão que sabemos que exerceu mais tarde em Salvador, na Bahia). Faz sentido que pudesse ter mais do que uma profissão, pois precisava de sustentar uma família em crescimento. Especulamos que talvez este trabalho de cobrador de impostos possa ter gerado conflitos com o ‘Coronelismo’ e os seus associados. (10)

Terreno em Lençóis e Usucapião

‘O Dr. Leandro’ era também proprietário de terras com consideráveis ​​recursos. Quando levou a sua família e deixou os Lençóis rumo a Salvador, permanece um mistério para nós, hoje, o que fez às suas terras. Existiam aproximadamente muitos, muitos hectares de terreno. Contam histórias da família que, segundo o entendimento familiar, estas terras seriam distribuídas pelos herdeiros após o falecimento do último filho de Leandro e Guiomar — Waldette de Azevêdo Coutinho. Os herdeiros, em geral, compreenderam e aceitaram isso, mas ninguém zelava pela propriedade com a devida atenção.

Cartaz de viagem contemporâneo do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
(Imagem cortesia de Etsy).

No Brasil, existe uma lei chamada “Usucapião” que permite que alguém se aproprie legalmente de um terreno, mesmo que, à primeira vista, pareça ser um ocupante ilegal. O requisito é o seguinte: que a pessoa se mude para o terreno e siga um procedimento específico. Num relato semelhante no Reddit, sobre um terreno familiar em Minas Gerais, encontramos a seguinte história — “o facto de alguém estar a ocupar o terreno, a cuidar dele, a pagar os impostos, as contas da luz e da água, dá a essa pessoa o direito de reivindicar a propriedade. Se alguém ocupa e cuida do terreno durante cinco anos consecutivos, pode reivindicar a posse. Portanto, com base no seu relato, não há como reaver o terreno nem lucrar com ele.” (Veja as notas de rodapé para esta e outras fontes jurídicas).

Este tipo de coisas pode ter acontecido com as terras da nossa família. Assim, sendo este o Brasil, a posse de terras tornou-se mais complicada através da ‘usucapião’. (11)

Mapa de 1895 das rotas de navegação e de passageiros do Oceano Atlântico, de Lisboa, Portugal, para a Baía, Brasil. Impresso na Alemanha. (Imagem cortesia da Etsy).

Viajar no RMS Magdalena

Em épocas passadas, a única forma prática de chegar ao Brasil era viajando de barco. (A não ser, claro, que se quisesse ir a pé, e podemos presumir que isso teria sido muito mais complicado para os antepassados ​​de Coutinho e Oliveira!)

Neste período, Portugal e as suas antigas colónias mantiveram-se interligados pelo comércio. As pessoas deslocavam-se para encontrar trabalho ou para negociar. É importante salientar que muitas famílias tinham laços com ambos os países, pelo que viajar era comum para visitas ou para reencontrar familiares. Ao contrário de Portugal, a maioria das pessoas no Brasil vive no litoral. Este tornou-se tão historicamente enraizado na cultura que se transformou numa expressão comum.

“…a raspar-se pelo mar como caranguejos…”
“Os brasileiros agarram-se ao litoral como caranguejos.”

Acima, atribuída ao historiador Frei Vicente do Salvador, por volta de 1627,
e Abaixo, o mesmo sentimento aprimorado pelo autor Jorge Amado.

Quando se sai de um país, a isto chama-se Emigração. Quando se entra num país, isso chama-se Imigração. Estivemos muito tempo a rever os registos de navios destas duas famílias, referentes às embarcações que faziam o percurso entre Portugal e o Brasil. A maioria das viagens da Europa para a América do Sul partia de Southampton ou Liverpool, na Inglaterra, e fazia escala em vários portos ao longo do percurso.

Ao que tudo indica, os vários indivíduos do início do século XX encarregados de manter os registos dos navios nestas rotas anotavam sempre diligentemente as nacionalidades e os destinos. Repararam que quase todas as pessoas que entravam no Brasil estavam registadas como imigrantes. Seria porque não havia espaço para indicar se eram emigrantes ou imigrantes? Talvez esta forma de categorização fosse simplesmente entendida como a prática normal?

O registo de bordo do navio RMS Magdalena, datado de 8 de abril de 1904, indica Leandro d’Azevedo Coutinho como passageiro com destino ao Brasil.

Encontrámos registos de navios datados de 8 de Abril de 1904 (e também de 1914) que indicam que Leandro d’Azevedo Coutinho navegou para o Brasil a partir de Lisboa, Portugal. (Existem outros registos semelhantes, mas cremos que estes dois são certamente dele). Ele consta como brasileiro. Optámos por nos concentrar na viagem de 1904, pois acreditamos que esta ocorreu antes do nascimento do seu primeiro filho. Porque viajou em 1904? Não temos forma de saber ao certo, mas as possibilidades incluem:

  • Sua viagem de lua de mel com sua esposa Guiomar.
  • Sua formação acadêmica. (Ainda não sabemos onde ele cursou odontologia e nem farmácia).
  • Outras viagens de negócios, como a compra de materiais para a sua farmácia. O seu pai, Alfredo, tinha uma empresa de importação/exportação, talvez por isso também.
  • Talvez ele estivesse visitando amigos ou familiares em Portugal.

Seu destino final foi a Bahia ou o Rio de Janeiro, mas os registros do navio indicam Rio. (Nunca saberemos com certeza, mas isso pode ter sido um erro de digitação ou talvez ele realmente tenha ido inicialmente para o Rio de Janeiro por algum motivo).

O RMS Magdalena, navio no qual Leandro d’Azevedo Coutinho viajou de Portugal para o Brasil em 1904. (Imagem cedida pela Scottish Built Ships).

O navio chamava-se RMS Magdalena e viajava regularmente como “um navio a vapor britânico construído em 1889 como um navio de correio real e transatlântico para a Royal Mail Steam Packet Company até 1923”. Um anúncio publicado no jornal The Times de Londres, no sábado, 20 de outubro de 1900, dizia o seguinte:

ROYAL MAIL STEAM PACKET COMPANY, sob contrato para o correio de Sua Majestade para as Índias Ocidentais, Brasil e Rio da Prata. Datas de Southampton:—Madalena, 5362 toneladas, (Para zarpar) 26 de Outubro, Portos: Cherbourg, Vigo, Lisboa, São Vicente, Pernambuco, Baía, Rio, Montevideu e Buenos Aires. (12)

As belas casas que existiam no antigo bairro Jardim de Nazaré, em Salvador, na década de 1930. (Imagem cedida pelo Facebook).

Em Salvador, Leandro Muda de Profissão

Os anos em que Leandro e Guiomar viveram em Salvador são geralmente enquadrados no contexto da “Quarta República Brasileira, também conhecida como ‘República Populista’ ou ‘República de 46’… [Este] é o período da história brasileira entre 1946 e 1964. Foi marcado pela instabilidade política e pela pressão dos militares sobre os políticos civis, que culminou com o golpe de Estado brasileiro de 1964 e o estabelecimento da ditadura militar no Brasil”. (Wikipédia)

Em Salvador, Leandro mudou de profissão e trabalhou como cobrador e auditor de impostos federais. Ele e a sua mulher, Guiomar, viviam no bairro da Nazaré. Na longa história de Salvador, esta foi uma das primeiras zonas a ser povoada. Situa-se não muito longe do troço histórico denominado Pelourinho, que é hoje Património Mundial da UNESCO. (Ver notas de rodapé). A Nazaré alberga ainda “numerosas estruturas históricas da cidade; além disso, é sede de vários centros governamentais e académicos”. (Wikipédia)

Circulam histórias de família que contam que Guiomar estava sempre vigilante no seu desejo de garantir que os netos tinham comida suficiente — mesmo quando já tinham comido. Cristina Pinheiro relata, “Cada vez que visitávamos a avó, ela torrava pão com manteiga e caramelizava o açúcar que colocava por cima. Nós adorávamos! Era sempre meiga e calma”.

(Esta é uma imagem de exemplo — veja o link abaixo para ver o vídeo).

Cidade do Salvador (1949, dir. Humberto Mauro). Esta curta-metragem tem cerca de 21 minutos de duração, mas vale muito a pena vê-la para apreciar a cidade de Salvador, na Bahia, em meados do século XX. Está apenas disponível em português, mas não desesperem, falantes de inglês, não deixa de ser bastante interessante!

Clique neste link para assistir à curta-metragem:
https://www.youtube.com/watch?v=Qf2vyJLy_Eo

Comentário da investigação: O famoso realizador Orson Welles foi à Bahia e ao estado vizinho do Ceará, no nordeste do país, em 1941, para filmar cenas para um filme proposto intitulado It’s All True, [Tudo é Verdade], que nunca foi concluído. Se estiver interessado, há um link e algumas belas imagens de vídeo de um mundo há muito desaparecido, publicadas nas notas de rodapé. (13)

À esquerda: Uma das cadeiras de madeira de pau-santo da família (fotografia de família). À direita: Ilustração botânica colorida à mão “Botanical Magazine” de Samuel Curtis, Londres, 1822. (Esta ilustração foi feita na época em que estas cadeiras foram criadas).

Pedra de Toques

Por vezes, na vida, temos a sorte de herdar algo significativo que nos liga às gerações que nos antecederam. É o caso de um par de cadeiras (uma das quais é mostrada acima), que foram herdadas pelo meu marido, Leandro Coutinho (nascido em 1965), neto de Leandro e Guiomar Coutinho. Recebeu-as através da sua tia paterna, Carmen Viveiros (Coutinho) Carrera. As cadeiras são feitas à mão em madeira de pau-santo da Amazónia e têm mais de 200 anos.

A seguir, temos mais um capítulo das famílias Coutinho e Oliveira. Avançamos para a geração de que o meu marido, Leandro, faz parte, em meados do século XX. (14)

A seguir são apresentadas as notas de rodapé para os Materiais de Fonte Primária, Notas e Observações

(1) — dois registos

Senhor Peabody e Sherman

Ultra Swank
Mr Peabody and Sherman – The Original Cartoon
por Koop Kooper
https://www.ultraswank.net/television/mr-peabody-sherman-original-cartoon/
Nota: ou uma fotograma de um filme dos anos 60.

Wayback Machine (Peabody’s Improbable History)
https://en.wikipedia.org/wiki/Wayback_Machine_(Peabody%27s_Improbable_History)
Nota: Para referência.

Ah Bahia!

(2) — one registo

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Nota: Trata-se de um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911 e organizado pela empresa Hartmann-Reichenbach. As linhas vermelhas representam caminhos-de-ferro.

A Família de Azevedos Chega ao Brasil Vinda de Portugal

(3) — quatro registos

The Brazilian National Archives
(Os Arquivos Nacionais do Brasil)
Categoria: Brasões de armas em Arquivo Nacional (Brazil)
https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Coats_of_arms_at_Arquivo_Nacional_(Brazil)
Nota: A referência acima direciona para o ficheiro abaixo.

Collection of The Brazilian National Archives, circa 1855
(Coleção do Arquivo Nacional do Brasil, cerca de 1855.)
Brasão de Manoel de Azeredo Coutinho Messeder, Fidalgo Cavaleiro
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brasão_de_Manoel_de_Azeredo_Coutinho_Messeder,_Fidalgo_Cavaleiro.tif
Nota: O número de acesso é — BR_RJANRIO_0D_0_0_0103_0003

Observação: Ao fazer pesquisas genealógicas, é bastante comum seguir as linhagens dos antepassados ​​masculinos, pois historicamente existem mais registos sobre os mesmos. Dito isto, é muito gratificante descobrir linhagens bem investigadas para as nossas antepassadas femininas (especialmente quando as linhagens masculinas são, digamos, um pouco escassas). Para a avó do meu marido, Guiomar Viveiros (de Azevêdo) Coutinho, conseguimos aceder aos registos privados do Family Search gentilmente cedidos pela sua prima Maria Patrícia Bittencourt Ferreira. Obrigada, Pat!

> As fotografias de família desta secção fazem parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Old World Auctions
Recently Elaborated Geographical Map of the Kingdom of Brazil in South America…
(Mapa Geográfico Recentemente Elaborado do Reino do Brasil na América do Sul…)
por Matthias Seutter, cerca de 1740
https://www.oldworldauctions.com/catalog/lot/128/473
Nota: Para a imagem do mapa.

A bandeira proposta pelos conspiradores para a nova república, que se tornou a base da atual bandeira de Minas Gerais. (Imagem cortesia da Wikipédia).

A Inconfidência Mineira (ou A Conspiração de Minas Gerais)

(4) — cinco registos

Inconfidência Mineira
https://en.wikipedia.org/wiki/Inconfidência_Mineira
Nota: Para o texto referente À Conspiração Minas.

Tiradentes
https://en.wikipedia.org/wiki/Tiradentes
Nota: Para o texto.

Museu Histórico Nacional, através de Wikipedia Commons
Joaquim José da Silva Xavier, dressed in the report of ensigns of the paid troop of Minas Gerais.
por José Wasth Rodrigues, cerca de 1940
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alferes_Tiradentes_01.jpg
Nota: Para o retrato.

The Flag of the Conspirators (A Bandeira dos Conspiradores)
por Carlos Oswald, cerca de 1939
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bandeira_da_Inconfidência_1789_Os_Inconfidentes.jpg
Nota: Para a pintura.

Tiradentes Esquartelados
por Pedro Americo, cerca de 1893
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tiradentes_quartered_(Tiradentes_escuartejado)_by_Pedro_Américo_1893.jpg
Nota: Para a pintura.

Estes Nomes de Lugares São Verdadeiros Trava-Línguas!

(5) — seis registos

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Nota: Este é um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em Janeiro de 1911. Estamos a utilizá-lo novamente para manter a continuidade e porque permite mostrar as comunidades nos seus locais correctos.

Joaquim Venâncio Gomes de Azevedo
Batismo de Joaquim Venâncio de Azevedo
 https://www.familysearch.org/en/tree/person/sources/GZ6H-WBT
Nota: O nome do ficheiro é, 1305241B-2330-4440-ADD6-8AA2A006184F.jpg

Documentos das Ordenanças em Caetité
The signature of Joaquim Venâncio de Azevedo
(A assinatura de Joaquim Venâncio de Azevedo)
https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/GZ6H-WBT
Nota: O nome do ficheiro é, A02ED4AB-C877-4AF1-AAB1-FF63C664C912.jpg

Ficheiro disponível para download em:
Retrato fotográfico, Arquivo de Memórias do Family Search para
José Venâncio Gomes de Azevedo https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/G92F-5VR
Nota: O nome do ficheiro é, 2657927E-E264-4FFC-AC4B-7FD606A65DE6.jpg

Ficheiro disponível para download em:
Retrato fotográfico, Arquivo de Memórias do Family Search para
Laura Viveiros de Azevedo
https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/G92F-TWM
Nota: O nome do ficheiro é, FFBF93C1-E221-49C1-88AC-1E235E03CC0B.jpg

Ficheiro disponível para download em:
Retrato fotográfico, Arquivo de Memórias do Family Search para
José Venâncio Gomes de Azevedo
https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/G92F-5VR
Nota: O nome do ficheiro é, 02BF08D8-49D4-4F44-8012-F6994AD7922E.jpg

Diamantes em Bruto

(6) — cinco registos

ebay
Brazil South American Festival Of Divine Natives Antique Postcard K72076
(Brasil, Festival Sul-Americano dos Nativos Divinos, Postal Antigo K72076)
https://www.ebay.com/itm/142525773982
Nota: Para a imagem do postal antigo.

História e Atrações Turísticas dos Lençóis na Chapada Diamantina
Lençóis: a porta de entrada para Chapada Diamantina
por Autor desconhecido
https://bahia.ws/en/guia-turismo-lencois-chapada-diamantina/#google_vignette
Nota: Para o texto.

Mapa desdobrável intitulado, Author’s Sketch Map of Gold and Diamond Districts of Bahia
Derivado de:
The Diamond Trail : An Account of Travel Among the Little Known
Bahian Diamond Fields of Brazil

por Hugh Pearson, 1926
https://archive.org/details/DiamondTrailPearson/pearson-h-diamond-1926-RTL013509-LowRes/page/n9/mode/2up
Nota: Para a imagem do mapa.

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Notas: Este é um excerto do Mapa Geral do Brasil publicado em janeiro de 1911. Estamos a utilizá-lo novamente para manter a continuidade e porque permite mostrar as comunidades nos seus locais corretos.

Andaraí
https://pt.wikipedia.org/wiki/Andaraí
Nota: Para o texto.

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho e Suas Famílias

(7) — seis registos

> As fotografias de família desta secção fazem parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho Assento de óbito do Registo Civil de 1941.

Ca- Athahyde Molina de Azevedo Coutinho
Mencionado no Registo de DESCONHECIDO (em 1916)
Aniversário — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4X-G8GG?lang=en
Nota: Este ficheiro de referência está incluído por acreditarmos que representa a melhor documentação do nome de solteira de Carolina de Azevedo Coutinho: Carolina Athahyde Molina. Além disso, estão listados neste registo o seu marido Alfred (como Ido Vieira de Azevedo Coutinho) e o seu filho Álvaro de Azeredo Coutinho.

Registos de passageiros da viagem de Alfredo e Ana de Coutinho no navio Ortega, datados de 2 de julho de 1911.

Alfredo de Coutinho (para entrada de passageiros Ana Coutinho)
Migração — Brasil, Bahia, Salvador, Relações de passagieros e imigrantes, 1855-1964
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:71DC-QWW2?lang=en&cid=fs_email
Book page: 86, Digital page: 173/403
Nota 1: As entradas 14 e 15 de cima para baixo são para Alfredo e Anna.
Nota 2: Registos de passageiros da viagem de navio Ortega, datados de 2 de julho de 1911.

Manoel de Azevedo Coutinho
Morte — Brasil, Bahía, Registros da Igreja Católica, 1598-2007
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6BZF-S1JX?lang=en
Digital page: 26/80, Left page near the top.
Nota: Apesar do que o registo indica como ‘zero dias de idade” no momento da morte, o documento refere que tinha 7 meses de idade e morreu vítima de uma infeção gastrointestinal.

Alvaro de Azevedo Coutinho
Casamento — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:X9YD-YVPV?lang=en
Nota 1: Registo do seu casamento em 1915 com Maria Juliana Paraguassa.
Nota 2: Os registos indicam que nasceu em 1892.

1954 Death Registration for Ernestina Francisco de Oliveira.

Ernestina Francisca de Oliveira
Death — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:Z2ZH-5HW2?lang=en
Nota:Para os dados.

À esquerda: Lamartine de Oliveira Vieira, data desconhecida. É avô de Isa Gunes Vieira (foto à direita), que ajudou na pesquisa desta árvore genealógica. Obrigado, Isa! (Fotografias de família).

Memórias de O Estado da Baía, cerca de 1893

(8) — seis registos

> As fotografias de família desta secção fazem parte da coleção pessoal de fotografias de família.

World’s Columbian Exposition (Exposição Mundial Colombiana)
https://en.wikipedia.org/wiki/World%27s_Columbian_Exposition
Nota: Para referência.

Reflexões dos Arquivos Rosenthal
Associação da Orquestra Sinfónica de Chicago
The World’s Columbian Exposition of 1893
(da Exposição Mundial Colombiana de 1893)
https://csoarchives.wordpress.com/2018/04/23/the-worlds-columbian-exposition-of-1893/
Nota: Para a capa do livro pop-up, cerca de 1893.

Biblioteca Pública de Chicago
Edifícios Rurais Latino-Americanos na Exposição Mundial Colombiana de 1893
https://www.chipublib.org/blogs/post/latin-american-country-buildings-at-the-1893-worlds-columbian-exposition/
Nota: Para os dados e a fotografia do Edifício Brasil.

Memoir of The State of Bahia, circa 1893
(Memórias de O Estado da Baía, cerca de 1893)
por Dr. Francisco Vicente Vianna, José Carlos Ferreira, Dr. Guilherme Pereira Rebello
https://archive.org/details/memoirofstateofb00bahi/page/468/mode/2up
Páginas do livro: 468 – 470, Páginas digitais: 468 – 470/742
Nota: Preparado para a Exposição Mundial Colombiana, Chicago, 1893.

Universidade Federal da Bahia – UFBA
A praça da cidade de Lençóes em dia de feira
por Fotógrafo desconhecido
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/17582/1/Dissertação Romulo de Oliveira Martins.pdf
Nota: Para a imagem da cidade.

Conhecer a Família Leandro e Guiomar Coutinho de Lençóis

(9) — sete registos

> As fotografias de família desta secção fazem parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Leandro de Aze-Cido Coutinho
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4H-BBC2?lang=en
Nota: Mencionado nos autos como Pai de Dulce de Azevedo Coutinho, que é irmã de Paulo de Azevêdo Coutinho, seu filho.
e
Gisiomarde Azevedo Coutinho
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4H-BBCL?lang=en
Nota: Mencionada no registo como Mãe de Dulce de Azevedo Coutinho, que é irmã de Paulo de Azevêdo Coutinho, seu filho.

Nota: Os registos de nascimento dos filhos de Leandro e Guiomar são escassos, mas localizamos os registos das suas filhas Dulce e Eunice. A partir destes registos, pudemos confirmar quem eram os pais e os avós do Leandro.

Dulce de Azevedo Coutinho
Aniversário — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4H-BBCK?lang=en
Nota: Filha, para a sua data de nascimento e confirmação dos pais e avós. (1908)

1911
Lean Dro de Azeredo Coutinho
Mentioned in the Record of de Azevedo Edilude
Aniversário — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021

https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4C-W5LD?lang=en
Nota: Leandro e a sua filha Carmen são mencionados na certidão de nascimento de um rapaz, cuja identidade era até então desconhecida.

1914
Guiomar de Azevedo Coutinho
Mencionado no Registo de DESCONHECIDO
Aniversário — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021

https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4D-6PSG?lang=en
Nota: Possível registo de nascimento da filha de Leandro e Guiomar, Clarisse.

Eunice
Aniversário — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V46-9R7F?lang=en
Nota: Filha, para a sua data de nascimento e confirmação dos pais e avós. (1917)

Humberto de Azevêdo Coutinho with his three children, (left to right) José Leandro, Mariza, and Carlos, circa 1960s. (Family photograph).

Os Conflitos

(10) — sete registos

NIH (National Institute of Health)
A Biblioteca Nacional de Medicina
125 anos de peste no Brasil: lições aprendidas, insights históricos
e desafios contemporâneos

por Igor Vasconcelos Rocha, Matheus Filgueira Bezerra, Marise Sobreira, Alzira Maria Paiva de Almeida
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11851657/
Nota: Para o texto.

Esta imagem de um médico da peste foi retirada deste link:
https://www.nationalgeographic.com/animals/article/140129-justinian-plague-black-death-bacteria-bubonic-pandemic

Latin American History (História da América Latina)
Road Building in Brazil (Construção de Estradas no Brasil)
por Emily Story
https://oxfordre.com/latinamericanhistory/display/10.1093/acrefore/9780199366439.001.0001/acrefore-9780199366439-e-992?p=emailAWhHANH3NNSUI&d=/10.1093/acrefore/9780199366439.001.0001/acrefore-9780199366439-e-992
Nota: Para o texto.

Lampião
https://en.wikipedia.org/wiki/Lampião
e
Maria Bonita (bandida)
https://en.wikipedia.org/wiki/Maria_Bonita_(bandit)
Nota: Para o texto e as fotos.

LAB
Escritório Latino-Americano
Brasil: a Coluna Prestes na Bahia
https://lab.org.uk/brazil-the-prestes-column-in-bahia/
Nota: Para o texto e a imagem do jornal.

Horácio de Matos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horácio_de_Matos
Nota: Para o texto e fotos.

Coluna Prestes
https://en.wikipedia.org/wiki/Coluna_Prestes
Nota: Para o texto.

Terreno em Lençóis e Usucapião

(11) — quatro registos

Reddit
Legal Advice: My grandfather’s land in Minas Gerais has had squatters living there for 40+ years. Is it still ours?
(Assessoria Jurídica: As terras do meu avô em Minas Gerais estão ocupadas por invasores há mais de 40 anos. Ainda são nossas?)
https://www.reddit.com/r/Brazil/comments/39tndd/legal_advice_my_grandfathers_land_in_minas_gerais/
Nota: Para o texto.

Etsy
MapometryCo
Chapada Diamantina National Park Panoramic Art Print: Brazil Travel Poster
(Impressão artística panorâmica do Parque Nacional da Chapada Diamantina: poster de viagem ao Brasil)

https://www.etsy.com/listing/1733895652/chapada-diamantina-national-park
Nota: Para a obra de arte.

Machado Meyer Advogados
por Fatima Tadea Rombola Fonseca, Marina Rosa Cavalli,
Iasmim De Souza Nunes, e Marina Rosa Cavalli
STJ Welcomes Action Of Usucapião Of Private Property
Without Real Estate Registration

(STJ Congratula-se com Ação de Usucapião de Propriedade Privada
Sem Registo Imobiliário)

https://www.machadomeyer.com.br/en/recent-publications/publications/real-estate/stj-welcomes-action-of-usucapiao-of-private-property-without-real-estate-registration#:~:text=The Superior Court of Justice,other requirements required by law.
Nota: Para referência.

“A usucapião é um instituto constitucionalmente garantido. Permite a aquisição de bens imóveis mediante a prova da posse exercida sem oposição e por um determinado período, para além de outros requisitos legais. Por se tratar de uma forma originária de aquisição de propriedade, não há transferência de ónus ou encargos sobre o imóvel para a usucapião. O registo da usucapião na caderneta predial, portanto, não visa a concretização da aquisição, mas sim a sua divulgação e o exercício do direito de disposição do bem, para além da regularização do próprio registo.”

A General Introduction to Real Estate Law in Brazil
(Introdução Geral ao Direito Imobiliário no Brasil)
por Pinheiro Neto Advogados 
https://www.lexology.com/library/detail.aspx?g=d95e5bc8-d57e-4ff0-9543-ad013fe64d14#:~:text=In Brazil, the right to,whoever may unlawfully hold it.
Nota: Para referência.

“No Brasil, o direito à propriedade é assegurado pelo Artigo 5º, XXII da Constituição Federal. De acordo com o Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406 de 2002), os proprietários têm o direito de usar, fruir e dispor dos seus bens, bem como de os defender contra quem os ocupe ilegalmente.”

Viajar no RMS Magdalena

(12) — cinco registos

Etsy
Mapa antigo do Oceano Atlântico de 1895
por Autor desconhecido
https://www.etsy.com/listing/1528816009/1895-antique-map-of-the-atlantic-ocean
Nota: Impresso na Alemanha em 1895.

Leandro d’ Azevedo Coutinho
Migração — Brasil, Bahia, Salvador, Relações de passagieros e imigrantes, 1855-1964
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:WH84-3MPZ?lang=en
Página do livro: 29, Página digital: 59/400
Nota: Para os dados.

SN, Ships Nostalgia (SN, Nostalgia dos Navios)
SS MAGDALENA Rota em 1900
https://www.shipsnostalgia.com/threads/ss-magdalena-route-in-1900.23933/
Nota: Para os dados.

RMS Magdalena (1889)
https://en.wikipedia.org/wiki/RMS_Magdalena_(1889)
Nota: Para o texto.

Alfredo V de Azevedo Coutinho
Migração — Brasil, Bahia, Salvador, Relações de passagieros e imigrantes, 1855-1964
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:WS83-GKW2?lang=en
Nota: Para referência.

Em Salvador, Leandro Muda de Profissão

(13) — sete registos

Facebook
Amo a História de Salvador
oor Louti Bahia
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2630913453614695&id=729832370389489&set=a.729839003722159
Nota 1: Para referência fotográfica.
Nota 2: A legenda original da foto dizia: “As belas casas que existiam no antigo bairro de Jardim de Nazaré na década de 1930.”

Fourth Brazilian Republic (Quarta República Brasileira)
https://en.wikipedia.org/wiki/Fourth_Brazilian_Republic
Nota: Para o texto.

Convenção do Património Mundial da UNESCO
Centro Histórico de Salvador da Bahia
Nota: Para referência.

Nazaré (vizinho)
https://en.wikipedia.org/wiki/Nazaré_(neighbourhood)
Nota: Para o texto.

Youtube.com
CTAv Centro Técnico Audiovisual
Cidade do Salvador (1949, dir. Humberto Mauro)
https://www.youtube.com/watch?v=Qf2vyJLy_Eo

It’s All True (film)
É Tudo Verdade (filme)
https://en.wikipedia.org/wiki/It%27s_All_True_(film)
Nota: Para referência.

(Esta é uma imagem de exemplo — veja o link abaixo para ver o vídeo).

Youtube.com
Orson Welles – Quatro Homens numa Jangada
por Carlos J. Carpio L
https://www.youtube.com/watch?v=GtaYuirQNpo
Notas: Este é um dos melhores excertos de todo o filme rodado em 1941. A parte introdutória explica o contexto, e as cenas com Welles começam aos 2:35. (A duração total é de 9:55).

Pedra de Toques

(14) — três records

> A fotografia de família nesta secção faz parte da coleção pessoal de fotografias de família.

Jacaranda copaia
https://en.wikipedia.org/wiki/Jacaranda_copaia
Nota: Para referência.

Alamy
Jacaranda mimosifolia 
Gravura a cobre colorida à mão por Weddell, a partir de uma ilustração
de John Curtis, da revista “Botanical Magazine”
por Samuel Curtis, Londres, 1822.
https://www.alamy.com/trinidad-fern-tree-jacaranda-mimosifolia-oval-leaved-jacaranda-jacaranda-ovalifolia-handcoloured-copperplate-engraving-by-weddell-after-an-illustration-by-john-curtis-from-samuel-curtiss-botanical-magazine-london-1822-image331462351.html?imageid=6592413D-131B-46C4-808D-92A84A7B07F9&pn=1&searchId=006951c8677a72657123955a412ba84c&searchtype=0
Nota: Para referência.

The Coutinho / Oliveira Line, A Narrative — Two

This is Chapter 2 of 3, being the continuation of the history for this branch of the family. Here we delve into the emergence of our families into Minas Gerais, Bahia, and Paraíba and states in Brazil. As a reminder — in total, there are 6 chapters: the first set of 3 chapters is written in English; the second set of 3 chapters is translated into Portuguese.

Mr. Peabody and Sherman strategizing about their approach into looking for the widely scattered Coutinho / Oliveira family records.

Mr. Peabody and Sherman

A common lament among those people who do genealogy research should be — “Sherman, set the Wayback Machine to…”

This chapter of the Coutinho / Oliveira family history is the one where we wish that through some sort of magic, we had access to Mr. Peabody and Sherman’s Wayback Machine. (because > research reasons)

The records for the Coutinho and Oliveira families line are very scarce. In fact, we are only able to trace the line back for a few generations. In Brazil during this period, record-keeping did not appear to be very important unless you were a person of very high status. In fact, most records seem to have been kept by the Church, rather than the government. Thus, we are fortunate to have found what we have so far.

Also, it is more probable that many records may have not yet found their way to online databases. So, our fingers are crossed that his happens soon, since we will continue to research this family line.

Finally, as we wrote about in Chapter One, when we were documenting family heraldry in Portugal, there is a concurrence where both of the names Azeredo and Azevêdo are used on records we have located. These surnames are the same families, and this variance is mostly due to who was recording the information. This is a pattern seen in the normal variation of record-keeping, which began in a preliterate world, and has continued on into the 20th century. (1)

This is an excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911, and organized by the company Hartmann-Reichenbach. The red lines are railways. (Map image courtesy of Mapas Históricos da Bahia).

Ah Bahia!

This is where Portuguese Brazil began — at Porto Seguro, Bahia, circa 1500.

Most people do not understand the scale of the country of Brazil. It is the 5th largest country in the world, and has 26 states. The state of Bahia, where most of this family history takes place, has an area slightly larger than France, or similarly, Spain. Several of the smaller European countries could easily fit inside with some room to spare. The point is this — the distances are actually quite vast — and may not be understood by just referring to the map below.

The history of the Coutinho and Oliveira families takes place mostly within a triangle demarcated by the towns of Lençóis, Ilhéus, and the city of Salvador da Bahia. (2)

The de Azevedos Family Arrives in Brazil From Portugal

Let’s step back in time and take a look at how our branch of the de Azevedo family arrived in Brazil, and how they eventually connect with the Coutinho family. We wonder if any of them ever knew (?) of the old alliance of their ancient Noble Families, the House of Azerêdo – Coutinho.


Brasão de Manoel de Azeredo Coutinho Messeder, Fidalgo Cavaleiro,
from the Collection of The Brazilian National Archives, circa 1855.
(Image courtesy of Wikimedia Commons).

The de Azevedos have been traced back to before 1740 in Portugal. From that generation, we have only the name of Domingos Gomes de Azevêdo da Costa. It is believed that he came to Brazil as the original forefather, sometime in the early decades of the 1700s. As the map below clearly shows, this is how many people pictured Brazil in that early century. Notice how it was natural for immigrants to settle along the coastlines, due to the fact that travel via ship(s) was the only way to get around a vast territory.

Recently elaborated Geographical Map of the Kingdom of Brazil in South America,
by Matthias Seutter, circa 1740. (Image courtesy of Old World Auctions).

We know that the son of the original forefather in Brazil was his (same-named) son: Domingos Gomes de Azevêdo, who was born 1740 in Diamantina, Minas Gerais, Brazil — died October 2, 1831. He married Ana Joaquina Sofia de Jesus. She was born in 1762, in Caetité, Bahia, Brazil. He is frequently recorded in documents as Captain Domingos Gomes de Azevêdo, and also as Domingos Gomes da Costa. His wife adopted the surname de Azevêdo instead of de Jesus, passing it on to her ten children.

Family Search has the following biography on him — 
“The illustrious Commander Domingos Gomes de Azevêdo was responsible for the creation of the settlement in the District of Paz do Gentio, in the municipality of Guanambi, Bahia. [near Caetité] He was born in the state of Minas Gerais, most likely in the Caetité region, in 1740. During the persecutions following the failure of the Minas Conspiracy, of which he was a part — with his entire family, belongings, associates, and friends, they fled from this defeat to Bahia. The Gomes de Azevêdo family arrived in the city of Caetité in the late last quarter of 1700 (meaning between 1775 and 1792), coming from the settlement of Tijuco (in Diamantina, Minas Gerais). Domingos Gomes de Azevêdo died in the city of Caetité on October 2, 1831.” (3)

Left: Joaquim José da Silva Xavier [Tiradentes], dressed in the report of ensigns of the paid troop of Minas Gerais, by José Wasth Rodrigues, circa 1940. (Image courtesy Museu Histórico Nacional, via Wikipedia Commons). Center: The Flag of the Conspirators, by Carlos Oswald, circa 1939. Right: Tiradentes Quartered, by Pedro Americo, circa 1893. (The last two images are courtesy of Wikimedia Commons).

The Inconfidência Mineira (or The Minas Gerais Conspiracy)

This historical event “…was an unsuccessful separatist movement in Colonial Brazil in 1789. It was the result of a confluence of external and internal causes. The external inspiration was the independence of [the] thirteen British colonies in North America following the American Revolutionary War, a development that impressed the intellectual elite of many — particularly the captaincy of Minas Gerais.

The main internal cause of the conspiracy was the decline of gold mining in that captaincy. As gold became less plentiful, the region’s gold miners faced increasing difficulties in fulfilling tax obligations to the Portuguese crown (the tax over gold was one-fifth). When the captaincy could not satisfy the royal demand for gold, it was burdened with an additional tax on gold, called derrama.

The leader of the conspiracy plot was Joaquim José da Silva Xavier, also known as Tiradentes. When the plot was uncovered by authorities, Tiradentes was arrested, tried and publicly hanged. [And then drawn and quartered!] The anniversary of his death is celebrated as a national holiday in Brazil.” (Wikipedia) (4)

The state of Minas Gerais is located just south of Bahia. This is an excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911. We are using it again for continuity, and because it allows to show the communities in their proper places. The maps older than this era, do not show all of the locations. (Map image courtesy of Mapas Históricos da Bahia).

These Place Names Are Tongue Twisters!

The place names of towns and villages are a word salad, being derived from both the languages of various Native Peoples and the immigrant Portuguese.

Returning to the Domingos Gomes de Azevêdo family history, from Family Search, “According to studies and documents found in the archives of Itacambira, Minas Gerais, near Grão-Mogol, he resided at Sítio Bananal, in Itacambira. His son Joaquim was baptized in the church of Itacambira, thus leaving Itacambira for Ceraima, near Caetité and Guanambi.”

Baptism record of Joaquim Venâncio de Azevedo, from the records of
the Santo Antônio Church of Itacambira, Minas Gerais. (Family Search)

Thus, Domingos’s son Joaquim Venâncio Gomes de Azevêdo carries the line forward for another generation. He was born in 1797, and christened at Santo Antônio de Itacambira, Grão Mogol, Minas Gerais on July 7, 1797. He died October 25, 1844 in Caetité, Bahia and is buried at the Matriz de Sant’Anna Church, in Caetité, Bahia. His wife is named Maria Rosa de Azevêdo, but there is no further information on her. Joaquim was known as the Intendente de Caetité [the Mayor of Caetité ] from 1838, until his death in 1844. They had 12 children.

The signature of Joaquim Venâncio Gomes de Azevêdo, date unknown. (Family Search)

Joaquim and Maria Rosa’s son, José Venâncio Gomes de Azevêdo continues the history. He was likely born in Caetité , circa — died in 1874, in Lençóis, Bahia. He married Virginia Josefina Gomes de Azevêdo, born circa 1818 — died Date unknown, both likely in Caetité, Bahia.

José Venâncio Gomes de Azevêdo and Laura Angelica Viveiros Azevêdo, dates unknown.
(Family photographs).

They had 11 children, one of whom is:
José Venâncio Gomes de Azevêdo, born August 4, 1861* — died May 7, 1916, both events in Lençóis, Bahia. He married Laura Angelica Viveiros de Azevêdo on February 3, 1889. She was born on December 17, 1869 in Mucugê, Bahia — died August 7, 1939, Salvador, Bahia. She is buried in the Cemiterio do Campo Santo. He is recorded as being a Colonel Commandant of the 442nd Infantry Battalion.

*One month after they married, the newlyweds did a Civil Registration (Certidāo da Casamento) of their marriage on March 2, 1889. He stated that he was 27 years old and she was 19 years old at the time of their wedding.

Civil Registration (Certidāo da Casamento) of their marriage on March 2, 1889. The underlined text confirms their names and reported ages. (Family Search).

Family Search has this note attached to the records of Laura Angelica Viveiros de Azevêdo, “She was a devout Catholic and lived in the city of Lençois, Bahia, where she had 14 children, one of whom died at a young age. In honor of her 13 living children, she celebrated with a party and Mass at her home, where she had an altar devoted to Saint Anthony, a tradition that came from her family in the Azores, Santo Antônio da Costa Delgada, Portugal. Thus, each year, one of her 13 children was honored at the feast of devotion to the aforementioned Saint Anthony.” At this point in time, our resources account for 15 children.

Of their large number of children, one daughter, Guiomar Viveiros de Azevêdo, is the Grandmother of my husband, (who is coincidentally also named Leandro, after his Grandfather). This Grandparents history is written about in the section below titled, Getting to Know the Leandro and Guiomar Coutinho Family of Lençóis. (5)

Antique postcard of the Sertões do Brazil, (Brazil South American Festival Of Divine Natives), circa 1900, in the region of Chapada Diamantina, Brazil. (Center image courtesy of eBay and left and right stamp images are from Google searches).

Diamonds In The Rough

The Lençóis Diamond Cycle
The first records we know of for this family take us to the town of Lençóis, located in a central section of Bahia, known as the gateway to the Chapada Diamantina National Park. “The town was founded when diamond deposits were discovered in [the nearby settlement of] Mucugê in the mid-19th century. At that time, adventurers arrived in large numbers and set up tents that, from a distance, looked like stretched sheets, giving the town its name. This origin of the name reflects the aesthetics of the place and is inextricably linked to the history of the town and its development during the Diamond Cycle.”

Fold-out map titled, Author’s Sketch Map of Gold and Diamond Districts of Bahia
Derived from: The Diamond Trail: An Account of Travel Among the Little Known
Bahian Diamond Fields of Brazil
, by Hugh Pearson, 1926. Note that Salvador (labeled as Bahia), is very far to the east, on the right side of the map. (Courtesy of the Internet Archive).

Lençóis was the richest town in the Chapada during the Diamond Cycle. A French Consulate was even established there to facilitate the export of the precious stones. However, when the deposits were exhausted, Lençóis fell into decadence, surviving on the extraction of carbonates [salts] and having to put up with the excesses of the colonels, who provoked major conflicts in the region. The most famous of these was Colonel Horácio de Mattos*, who had great political influence, including with the Federal Government.” (Text derived from, History and Tourist Attractions of Lençóis in Chapada Diamantina)
*See The Problem With The ‘Coronelismo’ below.

The world had seen fevers like this before… In 1849, the discovery of gold at Sutter’s Mill in California gave birth to the famous California Gold Rush, an event which forever changed the history of the American West. As we learned about Lençóis , the same phenomenon happened in nearby Andaraí, Bahia and this family was right in the middle of it.

Andaraí is located in the central region of Bahia, just south of Lençóis in Chapada Diamantina. This is an excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911, and organized by the company Hartmann-Reichenbach. The red lines are railways. (Map image courtesy of Mapas Históricos da Bahia).

Andaraí is also in the aptly named Chapada Diamantina (loosely translated as the Plateau of Diamonds), just south of Lençóis. “The discovery of diamond deposits in Andaraí occurred in 1845 or 1846, (and) …as a result, a large number of people eager for the mineral arrived in the region,” — just like the California Gold Rush. “The settlement of Andaraí was formed in the best-known, most active and highest quality mining area in the region, which grew and with it, commerce and processing industries arrived. After the end of the Diamond Cycle, the Andaraí economy became based on coffee cultivation and small-scale mining.” (Wikipedia) (6)

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho and His Families

Alfredo Viero De Azevêdo Coutinho, born May 2, 1854, in Andaraí, Bahia — died March 31, 1941 in Palmeiras, Bahia. He married Carolina Athahydes* (or Ataide) de Molina, the exact date is unknown because we do not have a marriage record. However, we believe that they probably married circa 1880, and that he was about ten or fifteen years older than her. Alfredo and Carolina are the Great-Grandparents of the present generation.
*We have seen many, many spelling variations on her name.

Carolina was likely born in the late 1860s, and it is reported that she died in 1898. Her name is recorded on various civil records in Lençóis until several years after her death. Through diligent research, we have been able to ascertain that Alfredo and Carolina had at least four children together (and probably more), all likely born in Lençóis, Bahia.

  • Leandro de Azevêdo Coutinho, born April 15, 1883 in Lençóis — died August 6, 1965 in Salvador.
    (Leandro carries the family line forward. See his spouses and children below).
  • Ana de Azevêdo Coutinho, born circa 1887 — died date unknown — circa 1911 — May 25, 1937*.
  • Manoel de Azevêdo Coutinho, born circa July 1890 — died January 23, 1891, in Itaparica, Bahia, aged about 7 months.
Death Registration record for Manoel de Azevêdo Coutinho, dated January 23, 1891.
  • Alvaro de Azevêdo Coutinho, born circa 1892/93 — died, Date unknown. He married Maria Juliana Paraguassu in 1915, in Lençóis, Bahia.

    * Records on Ana de Azevêdo Coutinho are quite scarce. We found her in a 1911 ship passenger listing along with her father. (See footnotes). She is also mentioned in his 1941 Will as leaving a “perpetual inheritance” to her younger siblings. (Specifically, this meant that she had the foresight to designate money for the perpetual maintenance of her tomb and burial space. She is interred at the Santa Casa de Misercordia cemetery in Salvador da Bahia).
Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho and his son Leandro de Azevêdo Coutinho, circa 1903. (Family photograph).

After the death of his wife Carolina, Alfredo had a long-term relationship with another woman, but it doesn’t seem that they married. Even so, the births of their children were registered, and at her request, their names were recorded in his Will of 1941. Her name is Ernestina Francisca Oliveira. Ernestina was born circa 1884 — died September 21, 1954 in Bahia. She is also a Great-Grandmother of the present generation.

Alfredo is the father of nine (or more) children in total. Together, he and Ernestina had five children, all born in Lençóis.

  • Alcides de Oliveira Vieira, born circa 1907
  • Edgard de Oliveira Vieira, born circa 1909
  • Lamartine de Oliveira Vieira, born February 7, 1911 — died October 12, 1983. He married Lealdina Pereira Courado, born November 15, 1915 — died May 19, 1999. He had a son named Waldemar Dourado Vieira, (whose daughter, Isa Gunes Viera, was helpful with research on this family line). Thanks Isa!
  • Liduina Vieira de Oliveira, born circa 1913
  • Alice Vieira de Oliveira, born circa 1915

These family lines which go back further in time and are still being researched:

  • The 2x Great-Grandparents of this generation are Lourenço Vieira de Azeredo Coutinho Filho (meaning: Junior), and Antonia Coutinho. His origins may in th area around Grão Mogol in Minas Gerais, Brazil.
  • The 3x Great-Grandparents of this generation are (the same named) Lourenço Vieira de Azeredo Coutinho, and Maria Pereira de Arujo.

This branch of the family originated around 1754 with the marriage of José Vieira de Figueiredo and Andresa Teodora Grinalda (who would be the 4x Great-Grandparents). They adopted the Azeredo Coutinho surname from their mother for their children, and created the Vieira de Azeredo Coutinho family.

Alfredo Viero De Azevêdo Coutinho, Exporter of Cattle and Agricultural Products
Diary of… The State of Bahia, Volume III for 1924

We discovered that for a number of years in an official Brazilian publication titled Diary of…, Alfredo was listed as an Exporter of Cattle and Agricultural Products. We know that he was a landowner of considerable means. Observation: Based upon how well dressed he appears in the above photograph with his son Leandro, he seems quite successful. (7)

Left: Book cover of the World’s Columbian Exposition, held in Chicago in 1893. Right: The Brazil Building at the Exposition. “Brazil contributed $50,000 to construct its pavilion. The entire first floor was dedicated to a detailed exhibit on Brazilian coffee, with regional varieties from São Paulo, Rio de Janeiro, and Minas Gerais on display. At the rear, a São Paulo coffee plantation installation served complimentary coffee to visitors”. (Chicago Public Library)

Memoir of The State of Bahia, circa 1893

The State of Bahia commissioned and prepared a book titled, Memoir of The State of Bahia, for the World’s Columbian Exposition held in Chicago in 1893.

Observation: You would think that this book would have been written with the idea of comporting a beneficial view of Lençóis at the time, but you would be wrong. The opinion of the authors was somewhat curt. (Some of this may be attributed to the decline of the town due to the mines having been exhausted).

Times change — Today, Lençóis is considered to be a very beautiful city with verdant, abundant nature and beautiful colonial-era homes.

Bookplate from, Memoir of The State of Bahia, circa 1893.

“The town is composed of 1500 houses. [and] This town is situated on a declivous ground [meaning: that it slopes downward] on the valleys of the rivers Lençóes and S. Jose, the two margins of the latter being connected by a bridge, and not far from the rivers S. Antonio and Ulinga.”

Here is what is stated about it by Colonel Durval de Aguiar:
“The town, standing on a declivous ground, has no beauty at all. A slope square, planted with a few trees and surrounded with lofty houses, the ground-floors of which are occupied by commercial establishments, leads on all sides to very uninteresting streets, of which some are paved with the very stones of the rock on which they were cut. A large and old lolly house on the square serves as a town-hall, and back of it, on Mineiros street, a floored house [only one?] is to be seen, which is used as a prison house and barrack. The parish church was never completed, wherefore its functions are performed in the church consecrated to O. L. of the Rosary, on Baderna street.”

Late 19th century antique postcard image captioned, “Lençóis town square on market day.” (Image courtesy of Universidade Federal da Bahia – UFBA).

There was an active commercial movement, which has diminished to a great extent after the mines began to lose their importance. A fair, very uninteresting and little resorted to, is held every Monday. Two schools are at work in the town.

The mines being thus abandoned, the inhabitants of the municipium applied themselves to the cultivation of the coffee-tree, of a rare quality and planted in the places called grotas, that is to say — in valleys crossed by rivers and rivulets and lying in a craggy ground, formed by numerous mountains, which have been turned topsy-turvy after the mining works were commenced. These grotas are extremely fertile and have, up to the present time, produced a great deal of coffee. The digging for carbonates, now highly prized and paid, is nowadays the principal business of the miners.” (8)

Leandro de Azevêdo Coutinho and Guiomar Viveiros (de Azevêdo) Coutinho. These printed photos were taken later in life, but the actual dates are unknown. (Family photographs).

Getting to Know the Leandro and Guiomar Coutinho Family of Lençóis

When Guiomar marries Leandro de Azevêdo Coutinho, her family surname gives way to the surname of Coutinho. All of their children were born in Lençóis.
Leandro de Azevêdo Coutinho, married Guiomar Viveiros de Azevêdo before 1908. She was born March 28, 1890 likely in Lençóis — died March 17, 1975 in Salvador. They had eight (or more) children together, as follows below.

Comment: Thanking Our Lucky Stars!
We did locate records for the births of two daughters: Dulce, and Eunice, which was incredibly helpful for our research. From those records, we were able to confirm exactly who were Leandro’s and Guiomar’s parents and grandparents.

  • Dulce de Azevêdo (Coutinho) Antunes, born May 22, 1908 — died February 29, 2000. She married Antonio Cardoso Antunes.
  • Carmen Viveiros de Azevêdo (Coutinho) Carrera, born July 5, 1910 — died circa 2004. She married José Carrera.
  • Possible unknown male child, circa 1911. (See footnotes).
  • Clarisse de Azevêdo Coutinho, born possibly in 1914 / died, Date unknown. She married Carlos Lopes Bittencourt.
  • Eunice de Azevêdo Coutinho, born May 24, 1917 — died Date unknown; unmarried.
  • Almir de Azevêdo Coutinho, born / died, Dates unknown.
  • Paulo de Azevêdo Coutinho, born June 29, 1919 in Lençóis — died November 28, 1990 in Salvador. He married Lindaura Almeida Oliveira.
    (Paulo and Lindaura carry the family line forward).
  • Waldette de Azevêdo Coutinho, born December 15, 1923 — died Date unknown ; unmarried.
  • Humberto de Azevêdo Coutinho, born April 20, 1927 — died June 24, 1971.
    He married Regina Chetto.
The pharmacy building still stands to this day at Avenida Rui Barbosa, 846, Lençóis.
(Present day location images courtesy of Google Image Search).

‘Dr. Leandro’ and The Pharmacy
Leandro d’Azevedo Coutinho graduated with a degree in Dentistry, but he never practiced the profession. Instead, he was for a number of years, a pharmacist, whose business was located in the center of town at Avenida Rui Barbosa, 846, Centro, Lençóis. The building still stands today and is now an O Boticário store, which sells beauty products and cosmetics. His granddaughter Cristina (Coutinho) Pinheiro relates that, “Leandro lived near the pharmacy and would walk to work early in the morning. Vovô Leandro [grandfather], was like the town doctor. He would always examine people and prescribe effective medicine. He wouldn’t charge people who could not afford to pay and many times he received chickens, turkeys, and fruits as payment. He was loved by everyone. People called him Dr. Leandro.” (9)

The Troubles

Plague, bandits, and colonels… oh my!
As a family, we always wondered quite seriously, the reasons why Dr. Leandro Coutinho chose to give up his life in Lençóis and resettle his family in Salvador da Bahia. We believe that there were a number of contributing factors. Namely, he had a wife and many young children to keep safe in an environment that was rather dangerous, and therefore quite difficult to abide. By the end of all these many troubles, we can understand why he eventually felt that ‘We have had quite enough of this nonsense, thank you, and goodbye!’

Bubonic Plague
As someone who had a medical education, Dr. Leandro probably became concerned (over time) about Lençóis being so very far from an urban hospital which could provide the appropriate level of care for his family, when necessary. From the National Institute of Health, “The arrival of the [bubonic] plague in Brazil at the dawn of the 20th century marked a new chapter in the nation’s public health history. The disease first struck the port city of Santos in 1899, spreading rapidly to other major urban centres such as Rio de Janeiro, Salvador, and Recife. These outbreaks prompted an urgent response from both the government and the scientific community, leading to the implementation of quarantine measures, public health campaigns, and the establishment of specialized health institutions. Over time, the incidence of plague in Brazil declined, thanks to improved public health measures, nevertheless, the disease continued to occur in some rural areas, with sporadic cases.

“For much of its history, Brazil’s population remained bound along the coastline. Geographic features, such as coastal mountain ranges and a relative lack of navigable rivers, stymied efforts to settle and exploit the vast interior… in the late 19th century, efforts to connect the interior to the coast came via the telegraph and railroad… At the same time, [this] created conditions for intensified conflict between newcomers and those who had long called the interior home.”(Latin American History) Compared to Brazil’s coastal-life-zones, not many people had moved to the interior of the country, and to this day, a huge majority of people still live on the Atlantic coast.

At left: Portrait of the bandit, Lampião, (Virgulino Ferreira da Silva), circa 1926. (Photograph attributed to Benjamin Abrahão Botto). At right: Circa July 1938, The severed heads of Lampião’s band exposed before the State Forensic Institute [in Salvador]. On the lowest level, the head of Lampião, immediately above is that of Maria Bonita. (Photographer unknown).
 

Lampião and Maria Bonita 
Living in the vast interior of Brazil, probably made his family more vulnerable to the exploits of people who (to put it politely) had deeply problematic anti-social behaviors. Lampião “was probably the twentieth century’s most successful traditional bandit leader.” The banditry endemic to the Northeast of Brazil was called Cangaço. Cangaço had origins in the late 19th century but was particularly prevalent in the 1920s and 1930s. Lampião led a band of up to 100 cangaceiros, who occasionally took over small towns and who fought a number of successful actions against paramilitary police when heavily outnumbered. Lampião’s exploits and reputation turned him into a folk hero, the Brazilian equivalent of Jesse James, or Pancho Villa. His image, as well as that of his partner Maria Bonita, can be seen across the entirety of the Northeast of Brazil.

The backlands had little in the way of law and order, even the few police in existence were usually in the pocket of a ‘Coronel [Colonel] — a leading landowner who was also a regional political chief – and who would usually take sides in any dispute.” (Wikipedia) Lampião and Maria Bonita and their extensive gang acquired a reputation as the Brazilian version of Bonnie and Clyde. Their crime spree went on for years, but they were stopped and beheaded in an ambush in July 1938.

At left: Colonel Horácio de Matos, circa 1900. (Photographer unknown). At right: Newspaper about the Prestes Column in Bahia. (See footnotes).

The Problem With The ‘Coronelismo’
In Lençóis, At that time this part of Bahia was a poor area subject to Coronelismo, the rule of The Colonels, who exercised near feudal powers in the backlands of Brazil.” (Latin American Bureau)

“Horácio de Queirós Matos was a politician and colonel from the Bahian backlands during the first half of the 20th century. [He] was the leader of a veritable army of gunmen, engaging in numerous armed conflicts throughout his life — including a crucial role in the pursuit of the Miguel Costa-Prestes Column, (a social rebel movement that broke out in Brazil between 1925 and 1927). He ruled for a quarter of a century… [in a manner similar to that] of the Sicilian Cosa Nostra (mafia)… with an iron fist in the backlands of Chapada Diamantina and Chapada Velha, where the Matos clan lived. His political career began with his promotion to lieutenant colonel in the National Guard, inheriting the family command from an uncle. After many battles against adversaries, he became absolute lord of the vast region of Chapada Diamantina.

Horácio served as mayor of Lençóis, then a wealthy mining center, and as a state senator, a true symbol of the Coronelismo that shaped Brazilian politics during the Old Republic. Despite a life marked by warlike tendencies, he longed for the disarmament of the backlands, and when this finally occurred, he was assassinated under mysterious circumstances after being unjustifiably arrested by the Getúlio Vargas administration (circa 1930) in the Bahian capital.”

It Seems That Leandro Held Two Jobs
When researching Leandro and Guiomar’s children, we found some very subtle evidence that Leandro was already working as a government tax collector during the time period in which they lived in Lençóis. (This was the profession that we know he took up in his later life in Salvador da Bahia). It makes sense that he could have had more than one profession, because he needed to support a growing family. We speculate that perhaps this tax collecting work may have created conflicts with The ‘Coronelismo’ and his associates. (10)

Land in Lençóis, and the Usucapião

‘Dr. Leandro’ was also a landowner of considerable means. When he took his family and left Lençóis for Salvador, it is quite unclear to those of us today as to what he did with it. There was many, many hectares of land. Family stories say that it was understood that this land was to be distributed among the generation of heirs after the last child of Leandro and Guiomar had passed on. (This was Waldette de Azevêdo Coutinho). The heirs generally understood and accepted this, but no one was watching the property carefully…

Contemporary Chapada Diamantina National Park travel poster.
(Image courtesy of Etsy).

In Brazil, there is a law known as “Usucapião” which allows for someone to take over the land legally, even though they may appear at first to be property squatters. What is required is this: for someone to move to the land, and follow a very specific procedure of behavior. From Reddit, a similar story about someone else’s family land in the nearby state of Minas Gerais — “the fact [that]someone was occupying the land, taking care of it, paying the taxes, paying for electrical bill and water, empowers them to claim the land. If someone occupies and takes care of it for 5 years in a row, they can claim ownership. So based on your story, there is no way of reclaiming the land and no way of making profit of it.” (See footnotes for this and other legal sources).

This type of thing may have happened to our family lands. Thus, this being Brazil, the land ownership has become more complicated through ‘usucapião’. (11)

1895 Map of the Atlantic Ocean shipping and passenger routes, from Lisbon, Portugal to Bahia, Brazil. Printed in Germany. (Image courtesy of Etsy).

Traveling on the RMS Magdalena

In the past eras, the only practical way to get to Brazil was to travel there by boat. (Unless, of course, you wanted to walk in, and that we can presume, would have been much more complicated for the Coutinho and the Oliveira ancestors!)

In this period, Portugal and its former colonies remained interconnected through trade and business. People traveled to find work, or engage in commerce. Importantly, many families had ties to both countries, so travel was common for visits or to reunite with relatives. Unlike Portugal, most people in Brazil live along the coasts. This has become so historically embedded within the culture, that it has became a common expression.

“…scraped along the sea like crabs…”
“Brazilians cling to the coast like crabs.”

Top, attributed to Historian Friar Vicente do Salvador, circa 1627,
and Bottom, the same sentiment improved upon by the author Jorge Amado.

When you move out of a country, this is called: Emigration. When you move into a country, this is called: Immigration. We have spent much time reviewing ship registers for both of these families, for ships which went back and forth between Portugal and Brazil. Most voyages from Europe to South America started in Southhampton, or Liverpool, England, and had several ports of call along the way.

It appears to us that the various individuals of the early 20th century, who were tasked with keeping the ship registers for these routes — Nationalities and destinations were always dutifully noted. noted that almost all people who were entering Brazil were marked as Immigrants. Is this because there was no place to mark if they were Emigrants, and not Immigrants? So perhaps, this form of categorization was just understood as the normal way of doing things?

The RMS Magdalena ship record for April 8, 1904 listing Leandro d’Azevedo Coutinho as a passenger bound for Brazil.

We found ship records from April 8, 1904 (and also from 1914) that indicate Leandro d’Azevedo Coutinho sailed to Brazil from Lisbon, Portugal. (There are other similar records, but we feel that these two are certainly him). He is recorded as being a Brasileira. We chose to focus on the 1904 journey, because we believe that this occurred before his first child was born. Why did he travel in 1904? We have no way of knowing for certain, but the possibilities include:

  • His honeymoon trip with his wife Guiomar.
  • His education. (We do not yet know where he went to dental school, nor pharmacy school.
  • Other business trips, such as purchasing supplies for his pharmacy business. His father Alfredo had an import/export business, so perhaps this too.
  • Maybe he was visiting friends or family in Portugal.

His final destination was either Bahia, or Rio de Janeiro, but the ship’s records indicate Rio. (We will never know for certain, but this could have been a data entry error, or perhaps he really did initially go to Rio de Janeiro for some reason).

The RMS Magdalena, which Leandro d’Azevedo Coutinho traveled on from Portugal to Brazil in 1904. (Image courtesy of Scottish Built Ships).

The ship was named RMS Magdalena and it regularly traveled as “a British steamship that was built in 1889 as a Royal Mail Ship and ocean liner for the Royal Mail Steam Packet Company until 1923.” An advertisement which ran in The Times newspaper of London, on Saturday, Oct 20, 1900, read as follows:

ROYAL MAIL STEAM PACKET COMPANY, under Contract for Her Majesty’s Mails to West Indies, Brazil, and River Plate. Dates from Southampton:—Madalena, 5362 tons, (To Sail) Oct. 26, Ports: Cherbourg, Vigo, Lisbon, St. Vincent, Pernambuco, Bahia, Rio, Monte Video, and Buenos Ayres. (12)

The beautiful houses that stood in the old Jardim de Nazaré neighborhood of Salvador
in the 1930s. (Image courtesy of Facebook).

In Salvador, Leandro Changes Professions

The years that Leandro and Guiomar lived in Salvador, are generally framed in the context of, “The Fourth Brazilian Republic, also known as the ‘Populist Republic’ or as the ‘Republic of 46’… [This] is the period of Brazilian history between 1946 and 1964. It was marked by political instability and the military’s pressure on civilian politicians which ended with the 1964 Brazilian coup d’état and the establishment of the Brazilian military dictatorship”. (Wikipedia)

In Salvador, Leandro changed professions and worked as a federal tax collector and auditor. He and his wife Guiomar lived in the neighborhood of Nazaré. In the long history of Salvador, this was one of the first areas to be settled. It is located not far from the historical section called the Pelourinho, which is now UNESCO World Heritage site. (See footnotes). Nazaré is also “home to numerous historic structures of the city; it is additionally the home of several government and academic centers.” (Wikipedia)

Family stories circulate that Guiomar was ever vigilant in her desire to make sure that her grandchildren had much to eat — even when they had already eaten. Cristina Pinheiro relates, “Every time we visited Vovô [grandmother] she would toast bread and butter and caramelize the sugar she put on top of it. We loved it so much! She was always sweet and calm”.

(This is the placeholder image — see the link below to watch the film clip).

Cidade do Salvador (1949, dir. Humberto Mauro). This short movie is about 21 minutes long, but quite worth viewing to appreciate the city of Salvador da Bahia in the mid-20th century. It’s available only in Portuguese, but don’t despair English language speakers, it is still quite interesting!

Please click on this link to watch the short film:
https://www.youtube.com/watch?v=Qf2vyJLy_Eo

Research Comment: The famous director Orson Welles, went to Bahia and the adjacent northeastern state of Ceará in 1941, to film footage for a proposed movie titled It’s All True, which was never finished. If you are interested, there is a link and some beautiful video footage of a long-vanished world, posted in the footnotes. (13)

Left: One of the family Jacaranda wooden chairs, (family photograph). Right: Hand-colored botanical illustration from Samuel Curtis’s “Botanical Magazine,” London, 1822. (This illustration was done in the era in which these chairs were created).

Touchstones

Sometimes in life we are fortunate to inherit something meaningful that connects us to the generations that came before us. Such is the case with a pair of chairs (one of which is shown above), that have come down to my husband Leandro Coutihno (born 1965), the grandson of Leandro and Guiomar Coutinho. It came to him through his paternal Aunt Carmen Viveiros (Coutinho) Carrera. The chairs are handmade of Amazonian Jacaranda wood and are over 200 years old.

We have one more chapter of the Coutinho and Oliveira families which follows. We move forward into the generation from which my husband Leandro emerges in the mid-20th century. (14)

Following are the footnotes for the Primary Source Materials,
Notes, and Observations

Mr . Peabody and Sherman

(1) — two records

Ultra Swank
Mr Peabody and Sherman – The Original Cartoon
by Koop Kooper
https://www.ultraswank.net/television/mr-peabody-sherman-original-cartoon/
Note: For the 1960s film still.

Wayback Machine (Peabody’s Improbable History)
https://en.wikipedia.org/wiki/Wayback_Machine_(Peabody%27s_Improbable_History)
Note: For the reference.

Ah Bahia!

(2) — one record

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Notes: This is a excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911, and organized by the company Hartmann-Reichenbach. The red lines are railways.

The de Azevedos Family Arrives in Brazil From Portugal

(3) — four records

The Brazilian National Archives
Category: Coats of arms at Arquivo Nacional (Brazil)
https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Coats_of_arms_at_Arquivo_Nacional_(Brazil)
Note: The above reference then links to this file below.

Collection of The Brazilian National Archives, circa 1855
Brasão de Manoel de Azeredo Coutinho Messeder, Fidalgo Cavaleiro
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brasão_de_Manoel_de_Azeredo_Coutinho_Messeder,_Fidalgo_Cavaleiro.tif
Note: Accession Number is — BR_RJANRIO_0D_0_0_0103_0003

Observation: When doing genealogy research, it is quite common to follow the lines of male ancestors, because historically there are more records for them. That being said, it is quite refreshing to discover lines that are well researched for our female ancestors, (especially when the male lines are, how shall we say, a bit sparse). For my husband’s Grandmother, Guiomar Viveiros (de Azevêdo) Coutinho, we were able to access the private Family Search records kindly provided by his cousin Maria Patrícia Bittencourt Ferreira. Thanks Pat!

> The family photographs in this section are from the personal family photograph collection.

Old World Auctions
Recently Elaborated Geographical Map of the Kingdom of Brazil in South America…
by Matthias Seutter, circa 1740
https://www.oldworldauctions.com/catalog/lot/128/473
Note: For the map image.

The flag proposed by the conspirators for the new republic, which became the basis for the current Flag of Minas Gerais. (Image courtesy of Wikipedia).

The Inconfidência Mineira (or The Minas Gerais Conspiracy)

(4) — five records

Inconfidência Mineira
https://en.wikipedia.org/wiki/Inconfidência_Mineira
Note: For the text regarding The Minas Conspiracy.

Tiradentes
https://en.wikipedia.org/wiki/Tiradentes
Note: For the text.

Museu Histórico Nacional, via Wikipedia Commons
Joaquim José da Silva Xavier, dressed in the report of ensigns of the paid troop of Minas Gerais.
by José Wasth Rodrigues, circa 1940
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alferes_Tiradentes_01.jpg
Note: For the portrait.

The Flag of the Conspirators
by Carlos Oswald, circa 1939
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bandeira_da_Inconfidência_1789_Os_Inconfidentes.jpg
Note: For the painting.

Tiradentes Quartered
by Pedro Americo, circa 1893
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tiradentes_quartered_(Tiradentes_escuartejado)_by_Pedro_Américo_1893.jpg
Note: For the painting.

These Place Names Are Tongue Twisters!

(5) — six records

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Notes: This is an excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911. We are using it again for continuity, and because it allows to show the communities in their proper places.

Joaquim Venâncio Gomes de Azevedo
Batismo de Joaquim Venâncio de Azevedo
 https://www.familysearch.org/en/tree/person/sources/GZ6H-WBT
Note: The file name is, 1305241B-2330-4440-ADD6-8AA2A006184F.jpg

Documents of the Ordinances in Caetité
The signature of Joaquim Venâncio de Azevedo
https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/GZ6H-WBT
Note: The file name is, A02ED4AB-C877-4AF1-AAB1-FF63C664C912.jpg

Downloadable file from:
Photographic portrait, Family Search Memories archive for
José Venâncio Gomes de Azevedo https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/G92F-5VR
Note: The file name is, 2657927E-E264-4FFC-AC4B-7FD606A65DE6.jpg

Downloadable file from:
Photographic portrait, Family Search Memories archive for
Laura Viveiros de Azevedo
https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/G92F-TWM
Note: The file name is, FFBF93C1-E221-49C1-88AC-1E235E03CC0B.jpg

Downloadable file from:
Civil registration of marriage, Family Search Memories archive for
José Venâncio Gomes de Azevedo
https://www.familysearch.org/en/tree/person/memories/G92F-5VR
Note: The file name is, 02BF08D8-49D4-4F44-8012-F6994AD7922E.jpg

Diamonds In The Rough

(6) — five records

ebay
Brazil South American Festival Of Divine Natives Antique Postcard K72076
https://www.ebay.com/itm/142525773982
Note: For the antique postcard image.

History and Tourist Attractions of Lençóis in Chapada Diamantina
Lençóis: The Gateway to Chapada Diamantina
by Author unknown
https://bahia.ws/en/guia-turismo-lencois-chapada-diamantina/#google_vignette
Note: For the text.

Fold-out map titled, Author’s Sketch Map of Gold and Diamond Districts of Bahia
Derived from:
The Diamond Trail : An Account of Travel Among the Little Known
Bahian Diamond Fields of Brazil

by Hugh Pearson, 1926
https://archive.org/details/DiamondTrailPearson/pearson-h-diamond-1926-RTL013509-LowRes/page/n9/mode/2up
Note: For the map image.

Mapas Históricos da Bahia
Mapa da Bahia de 1911
https://www.historia-brasil.com/bahia/mapas-historicos/seculo-20.htm
Notes: This is a excerpted portion of the General Map of Brazil published in January 1911. We are using it again for continuity, and because it allows to show the communities in their proper places.

Andaraí
https://pt.wikipedia.org/wiki/Andaraí
Note: For the text.

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho and His Families

(7) — seven records

> The family photographs in this section are from the personal family photograph collection.

Alfredo Viero de Azevêdo Coutinho 1941 Civil Registration death certificate

Ca- Athahyde Molina de Azevedo Coutinho
Mentioned in the Record of UNKNOWN (in 1916)
Birth — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4X-G8GG?lang=en
Note: This reference file is included because we believe it represents the best documentation of Carolina de Azevedo Coutinho’s maiden name: Carolina Athahydes Molina. Furthermore, listed on this record is her husband Alfred (as Ido Vieira de Azevedo Coutinho) and her son Alvaro de Azeredo Coutinho. Her name is also recorded on the above 1941 Civil Registration death certificate.

Passenger entries for Alfredo and Ana de Coutinho’s travel on the ship Ortega, dated July 2, 1911.

Alfredo de Coutinho (for Ana Coutinho passenger entry)
Migration — Brasil, Bahia, Salvador, Relações de passagieros e imigrantes, 1855-1964
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:71DC-QWW2?lang=en&cid=fs_email
Book page: 86, Digital page: 173/403
Note 1: Entries 14 and 15 from the top for Alfredo and Anna.
Note 2: Passengers entries for ship travel on the Ortega, dated July 2, 1911.

Manoel de Azevedo Coutinho
Death — Brasil, Bahía, Registros da Igreja Católica, 1598-2007
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6BZF-S1JX?lang=en
Digital page: 26/80, Left page near the top.
Note: Despite what the record indicates as ‘zero days age’ at death, the words on the record state that he was 7 months old, and died from a gastrointestinal infection.

Alvaro de Azevedo Coutinho
Marriage — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:X9YD-YVPV?lang=en
Note 1: Record of his 1915 marriage to Maria Juliana Paraguassa.
Note 2: The records that he was born in 1892.

1954 Death Registration for Ernestina Francisco de Oliveira.

Ernestina Francisca de Oliveira
Death — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:Z2ZH-5HW2?lang=en
Note: For the data.

Left: Lamartine de Oliveira Vieira, date unknown. He is the Grandfather of Isa Gunes Viera, (pictured at right) who was helpful with research on this family line). Thanks Isa! (Family photographs).

Memoir of The State of Bahia, circa 1893

(8) — six records

> The family photographs in this section are from the personal family photograph collection.

World’s Columbian Exposition
https://en.wikipedia.org/wiki/World%27s_Columbian_Exposition
Note: For the reference.

Musings from the Rosenthal Archives
Chicago Symphony Orchestra Association
of the The World’s Columbian Exposition of 1893
https://csoarchives.wordpress.com/2018/04/23/the-worlds-columbian-exposition-of-1893/
Note: For the pop-up book cover, circa 1893.

Chicago Public Library
Latin American Country Buildings at the 1893 World’s Columbian Exposition
https://www.chipublib.org/blogs/post/latin-american-country-buildings-at-the-1893-worlds-columbian-exposition/
Note: For the data and Brazil Building photograph.

Memoir of The State of Bahia, circa 1893
by Dr. Francisco Vicente Vianna, José Carlos Ferreira, Dr. Guilherme Pereira Rebello
https://archive.org/details/memoirofstateofb00bahi/page/468/mode/2up
Book page: 468 – 470, Digital Page: 468 – 470/742
Note: Prepared for the World’s Columbian Exposition, Chicago, 1893.

Universidade Federal da Bahia – UFBA
A praça da cidade de Lençóes em dia de feira
by Photographer unknown
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/17582/1/Dissertação Romulo de Oliveira Martins.pdf
Note: For the town image.

Getting to Know the Leandro and Guiomar Coutinho Family of Lençóis

(9) — seven records

> The family photographs in this section are from the personal family photograph collection.

Leandro de Aze-Cido Coutinho
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4H-BBC2?lang=en
Note: Mentioned in the record as the Father of Dulce de Azevedo Coutinho, who is a sister of Paulo de Azevêdo Coutinho, his son.
and
Gisiomarde Azevedo Coutinho
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4H-BBCL?lang=en
Note: Mentioned in the record as the Mother of Dulce de Azevedo Coutinho, who is a sister of Paulo de Azevêdo Coutinho, her son.

Note: Birth records for Leandro and Guiomar’s children are scarce, but we did locate records for their daughters Dulce and Eunice. From those records, we were able to confirm who Leandro’s parents and grandparents were.

Dulce de Azevedo Coutinho
Birth — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4H-BBCK?lang=en
Note: Daughter, for her birthdate and confirmation of the parents and grandparents. (1908)

1911
Lean Dro de Azeredo Coutinho
Mencionado no Registo de Azevedo Edilude
Birth — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021

https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4C-W5LD?lang=en
Note: Leandro and his daughter Carmen are noted in the birth document for a male child, who was previously unknown.

1914
Guiomar de Azevedo Coutinho
Mentioned in the Record of UNKNOWN
Birth — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021

https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V4D-6PSG?lang=en
Note: Possible birth record for Leandro and Guiomar’s daughter Clarisse.

Eunice
Birth — Brasil, Bahia, Registro Civil, 1877-2021
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6V46-9R7F?lang=en
Note: Daughter, for her birthdate and confirmation of the parents and grandparents. (1917)

Humberto de Azevêdo Coutinho com os seus três filhos, (da esquerda para a direita) Carlos, Mariza, e José Leandro, cerca de 1960s. (Foto de família).

The Troubles

(10) — seven records

NIH (The National Institute of Health)
The National Library of Medicine
125 years of the plague in Brazil: lessons learnt, historical insights
and contemporary challenges
by Igor Vasconcelos Rocha, Matheus Filgueira Bezerra, Marise Sobreira, Alzira Maria Paiva de Almeida
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11851657/
Note: For the text.

This image of a Plague Doctor is from this link: https://www.nationalgeographic.com/animals/article/140129-justinian-plague-black-death-bacteria-bubonic-pandemic

Latin American History
Road Building in Brazil
by Emily Story
https://oxfordre.com/latinamericanhistory/display/10.1093/acrefore/9780199366439.001.0001/acrefore-9780199366439-e-992?p=emailAWhHANH3NNSUI&d=/10.1093/acrefore/9780199366439.001.0001/acrefore-9780199366439-e-992
Note: For the text.

Lampião
https://en.wikipedia.org/wiki/Lampião
and
Maria Bonita (bandit)
https://en.wikipedia.org/wiki/Maria_Bonita_(bandit)
Note: For the text and photos.

LAB
Latin American Bureau
Brazil: the Prestes Column in Bahia
https://lab.org.uk/brazil-the-prestes-column-in-bahia/
Note: For the text and newspaper image.

Horácio de Matos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horácio_de_Matos
Note: For the text and photos.

Coluna Prestes
https://en.wikipedia.org/wiki/Coluna_Prestes
Note: For the data.

Land in Lençóis, and the Usucapião

(11) — four records

Reddit
Legal Advice: My grandfather’s land in Minas Gerais has had squatters living there for 40+ years. Is it still ours?
https://www.reddit.com/r/Brazil/comments/39tndd/legal_advice_my_grandfathers_land_in_minas_gerais/
Note: For the text.

Etsy
MapometryCo
Chapada Diamantina National Park Panoramic Art Print: Brazil Travel Poster
https://www.etsy.com/listing/1733895652/chapada-diamantina-national-park
Note: For the artwork.

Machado Meyer Advogados
by Fatima Tadea Rombola Fonseca, Marina Rosa Cavalli,
Iasmim De Souza Nunes, and Marina Rosa Cavalli
STJ Welcomes Action Of Usucapião Of Private Property
Without Real Estate Registration

https://www.machadomeyer.com.br/en/recent-publications/publications/real-estate/stj-welcomes-action-of-usucapiao-of-private-property-without-real-estate-registration#:~:text=The Superior Court of Justice,other requirements required by law.
Note: For the reference.

“The usucapio is a constitutionally guaranteed institute. It allows the acquisition of real estate property by proving the possession exercised without opposition and for a certain time, in addition to other requirements required by law. Because it is an original form of acquisition of property, there is no transfer of liens or encumbrances on the real estate property for the plaintiff (the usucapiente). The registration of the usucapio on the enrollment certificate, therefore, is not done to constitute the acquisition, but rather to give publicity to it and allow the exercise of the right to dispose of the property, in addition to regularizing the registry itself.”

A General Introduction to Real Estate Law in Brazil
by Pinheiro Neto Advogados 
https://www.lexology.com/library/detail.aspx?g=d95e5bc8-d57e-4ff0-9543-ad013fe64d14#:~:text=In Brazil, the right to,whoever may unlawfully hold it.
Note: For the reference.

“In Brazil, the right to own property is assured by Article 5, XXII of the Brazilian Federal Constitution. According to the Brazilian Civil Code (Law No. 10,406 of 2002), owners have the right to use, enjoy and dispose of their property, as well as to defend it from whoever may unlawfully hold it.”

Traveling on the RMS Magdalena

(12) — five records

Etsy
1895 Antique Map of the Atlantic Ocean
by Author unknown
https://www.etsy.com/listing/1528816009/1895-antique-map-of-the-atlantic-ocean
Note: Printed in Germany in 1895.

Leandro d’ Azevedo Coutinho
Migration — Brasil, Bahia, Salvador, Relações de passagieros e imigrantes, 1855-1964
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:WH84-3MPZ?lang=en
Book page: 29, Digital page: 59/400
Note: For the data.

SN, Ships Nostalgia
SS MAGDALENA Route in 1900
https://www.shipsnostalgia.com/threads/ss-magdalena-route-in-1900.23933/
Note: For the data.

RMS Magdalena (1889)
https://en.wikipedia.org/wiki/RMS_Magdalena_(1889)
Note: For the text.

Alfredo V de Azevedo Coutinho
Migration — Brasil, Bahia, Salvador, Relações de passagieros e imigrantes, 1855-1964
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:WS83-GKW2?lang=en
Note: For the reference.

In Salvador, Leandro Changes Professions

(13) — seven records

Facebook
Amo a História de Salvador
by Louti Bahia
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2630913453614695&id=729832370389489&set=a.729839003722159
Note 1: For the photo reference.
Note 2: The original photo caption reads, “The beautiful houses that stood in the old Jardim de Nazaré neighborhood in the 1930s.”

Fourth Brazilian Republic
https://en.wikipedia.org/wiki/Fourth_Brazilian_Republic
Note: For the text.

UNESCO World Heritage Convention
Historic Centre of Salvador de Bahia
https://whc.unesco.org/en/list/309
Note: For the reference.

Nazaré (neighborhood)
https://en.wikipedia.org/wiki/Nazaré_(neighbourhood)
Note: For the text.

Youtube.com
CTAv Centro Técnico Audiovisual
Cidade do Salvador (1949, dir. Humberto Mauro)
https://www.youtube.com/watch?v=Qf2vyJLy_Eo

It’s All True (film)
https://en.wikipedia.org/wiki/It%27s_All_True_(film)
Note: For the reference.

(This is the placeholder image — see the link below to watch the film clip).

Youtube.com
Orson Welles – Four Men on a Raft
by Carlos J. Carpio L.
https://www.youtube.com/watch?v=GtaYuirQNpo
Notes: This is some of the best of all of the film that was shot in 1941. The preliminary portion explains the background, and the Welles footage begins at the 2:35 mark. (Total length is 9:55).

Touchstones

(15) — three records

> The family photograph in this section is from the personal family photograph collection.

Jacaranda copaia
https://en.wikipedia.org/wiki/Jacaranda_copaia
Note: For the reference.

Alamy
Jacaranda mimosifolia 
Handcoloured copperplate engraving by Weddell after an illustration
by John Curtis from Samuel Curtis’s “Botanical Magazine,” London, 1822

https://www.alamy.com/trinidad-fern-tree-jacaranda-mimosifolia-oval-leaved-jacaranda-jacaranda-ovalifolia-handcoloured-copperplate-engraving-by-weddell-after-an-illustration-by-john-curtis-from-samuel-curtiss-botanical-magazine-london-1822-image331462351.html?imageid=6592413D-131B-46C4-808D-92A84A7B07F9&pn=1&searchId=006951c8677a72657123955a412ba84c&searchtype=0
Note: For the reference